(31)991609001
radiorealfmoficial radiorealfmoficial youtube
Ouça ao vivo
Ouça ao vivo
  • Quem Somos
  • Eventos
  • Programação
  • Notícias
  • Vagas de emprego
  • Contato

  • Quem Somos
  • Eventos
  • Programação
  • Notícias
  • Vagas de emprego
  • Contato
radiorealfmoficial radiorealfmoficial (31)991609001
Ouça ao vivo
Ouça ao vivo
Companhia das Letras lança enciclopédia dedicada a personagens negros da sociedade brasileira
O livro traz 416 verbetes dedicados a personagens da história brasileira ao longo dos últimos 500 anos




Publicado em 18/04/2021 - 10:05

Por Maria Letícia

Recém-lançada em março de 2021, a Enciclopédia Negra foi escrita pelos historiadores Lilia Moritz Schwarcz, Flávio dos Santos Gomes e o artista plástico Jaime Lauriano e é composta por 416 verbetes dedicados a personagens da história da luta do povo negro na sociedade brasileira ao longo dos últimos 500 anos. História de figuras conhecidas como Zumbi, Marielle, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga estão juntas de outras figuras anônimas que tiverem suas histórias apagadas socialmente. Independente da época as quais viveram, o único requisito dos autores era que as pessoas não estivessem mais vivas, para que se tornassem personagens da obra.

Lilia Moritz explicou em entrevista para o Correio Braziliense que a preocupação esteve em corrigir a invisibilização histórica: “Queríamos tratar do século 16 ao 21 e queríamos cobrir o Brasil em todas as suas regiões, e com uma preocupação de gênero. Há uma invisibilidade e silêncio grande em relação à população negra de maneira geral e, no que se refere às mulheres, o silenciamento é ainda maior. E por isso chamamos de enciclopédia, porque tem a tradição de ser o mais abrangente possível.” A enciclopédia conta com mais de 400 personagens da história negra.

A historiadora Sidnea Santos e pesquisadora com foco em africanidades a partir da pesquisa das heranças afro-brasileiras, em expecífico afro-ouropretanas, explicou a importância da enciclopédia: “A gente vive num Brasil que desde 2018 tem agravado, e muito, as questões do racismo. A gente vê todo dia uma notícia diferente que envolve prática racista junto, e isso é fruto do processo de colonização do qual a gente faz parte. Toda a nossa história foi contada até então por quem tinha nos colonizado, e, por óbvio, as questões que envolviam os povos originários, chamados de indígenas, e os povos africanos escravizados foram colocados em segundo plano. A nossa história foi embranquecida e o apagamento, a invisibilidade, o esquecimento conveniente das histórias que envolvem indígenas e negros foi feito.”

Em Ouro Preto, por conta da mineração do ouro, eram trazidos para cá um grande número de pessoas negras escravizadas que, assim como tantos outros, tiveram suas histórias apagadas. Além da pré-existência de inúmeros povos indígenas que perderam suas terras, como explica Sidnea: “A partir de 2003 com a criação da LEI No 10.639, a gente começou a ter acesso, são poucos de informação do que é esse continente africano, gigantesco e negro e de como a nossa vida está diretamente ligada a esse continente por conta da diáspora, e foi a partir daí que a gente começou a entender um pouco mais sobre a nossa própria história. O caso de Ouro Preto mesmo, as várias descobertas que a gente tem feito, os ideogramas a dicra, os povos bantos que habitaram essa região, a língua que era falada aqui, trazendo essa questão da pretinosidade de Ouro Preto e toda sua herança africana, então foi a partir de leis, como a LEI No 10.639 que a gente começou a tratar assuntos como esses.” Sidnea ainda ressalta que, em escala mundial, a invisibilização é ainda pior, já que pessoas negras que fizeram descobertas importantes para a tecnologia, evolução sociais, científicas e de outras áreas, não são mostradas e devidamente creditadas por suas descobertas.

 

Compartilhar:

Outras notícias
Ver todas +

Ouça onde e quando quiser
Ouça todos os podcasts
Principais
Com criatividade e informação, a Irmãos Machado reforça a cultura de segurança entre os colaboradores
06/05/2025
Com criatividade e informação, a Irmãos Machado reforça a cultura de segurança entre os colaboradores
Principais
Última Chance! Inscrições para Curso Gratuito de Turismo em Ouro Preto encerram em 8 de Maio
05/05/2025
Última Chance! Inscrições para Curso Gratuito de Turismo em Ouro Preto encerram em 8 de Maio
Principais
Inscrições abertas para o Festival Roteiro dos Sabores para moradores de Itabirito, Santa Bárbara e Barão de Cocais
05/05/2025
Inscrições abertas para o Festival Roteiro dos Sabores para moradores de Itabirito, Santa Bárbara e Barão de Cocais




Companhia das Letras lança enciclopédia dedicada a personagens negros da sociedade brasileira
O livro traz 416 verbetes dedicados a personagens da história brasileira ao longo dos últimos 500 anos

Por Maria Letícia

Recém-lançada em março de 2021, a Enciclopédia Negra foi escrita pelos historiadores Lilia Moritz Schwarcz, Flávio dos Santos Gomes e o artista plástico Jaime Lauriano e é composta por 416 verbetes dedicados a personagens da história da luta do povo negro na sociedade brasileira ao longo dos últimos 500 anos. História de figuras conhecidas como Zumbi, Marielle, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga estão juntas de outras figuras anônimas que tiverem suas histórias apagadas socialmente. Independente da época as quais viveram, o único requisito dos autores era que as pessoas não estivessem mais vivas, para que se tornassem personagens da obra.

Lilia Moritz explicou em entrevista para o Correio Braziliense que a preocupação esteve em corrigir a invisibilização histórica: “Queríamos tratar do século 16 ao 21 e queríamos cobrir o Brasil em todas as suas regiões, e com uma preocupação de gênero. Há uma invisibilidade e silêncio grande em relação à população negra de maneira geral e, no que se refere às mulheres, o silenciamento é ainda maior. E por isso chamamos de enciclopédia, porque tem a tradição de ser o mais abrangente possível.” A enciclopédia conta com mais de 400 personagens da história negra.

A historiadora Sidnea Santos e pesquisadora com foco em africanidades a partir da pesquisa das heranças afro-brasileiras, em expecífico afro-ouropretanas, explicou a importância da enciclopédia: “A gente vive num Brasil que desde 2018 tem agravado, e muito, as questões do racismo. A gente vê todo dia uma notícia diferente que envolve prática racista junto, e isso é fruto do processo de colonização do qual a gente faz parte. Toda a nossa história foi contada até então por quem tinha nos colonizado, e, por óbvio, as questões que envolviam os povos originários, chamados de indígenas, e os povos africanos escravizados foram colocados em segundo plano. A nossa história foi embranquecida e o apagamento, a invisibilidade, o esquecimento conveniente das histórias que envolvem indígenas e negros foi feito.”

Em Ouro Preto, por conta da mineração do ouro, eram trazidos para cá um grande número de pessoas negras escravizadas que, assim como tantos outros, tiveram suas histórias apagadas. Além da pré-existência de inúmeros povos indígenas que perderam suas terras, como explica Sidnea: “A partir de 2003 com a criação da LEI No 10.639, a gente começou a ter acesso, são poucos de informação do que é esse continente africano, gigantesco e negro e de como a nossa vida está diretamente ligada a esse continente por conta da diáspora, e foi a partir daí que a gente começou a entender um pouco mais sobre a nossa própria história. O caso de Ouro Preto mesmo, as várias descobertas que a gente tem feito, os ideogramas a dicra, os povos bantos que habitaram essa região, a língua que era falada aqui, trazendo essa questão da pretinosidade de Ouro Preto e toda sua herança africana, então foi a partir de leis, como a LEI No 10.639 que a gente começou a tratar assuntos como esses.” Sidnea ainda ressalta que, em escala mundial, a invisibilização é ainda pior, já que pessoas negras que fizeram descobertas importantes para a tecnologia, evolução sociais, científicas e de outras áreas, não são mostradas e devidamente creditadas por suas descobertas.

 


Compartilhar:

Principais
Com criatividade e informação, a Irmãos Machado reforça a cultura de segurança entre os colaboradores

06/05/2025
1 2 3 4
Principais
Última Chance! Inscrições para Curso Gratuito de Turismo em Ouro Preto encerram em 8 de Maio

05/05/2025
1 2 3 4
Principais
Inscrições abertas para o Festival Roteiro dos Sabores para moradores de Itabirito, Santa Bárbara e Barão de Cocais

05/05/2025
1 2 3 4
Principais
Do erudito ao choro: evento de abertura do Festival Uaimií acontece em maio

05/05/2025
1 2 3 4

Ouça onde e quando quiser
Ouça todos os podcasts




logomarca
(31) 3551-0412
contato@real.fm.br
radiorealfmoficial Youtube realfmoficial radiorealfmoficial
(31)99160-9001
Logomarca
(31) 3551-0412
contato@real.fm.br
radiorealfmoficial Youtube realfmoficial radiorealfmoficial

Ouça ao vivo
(31)99160-9001

©2025 | Desenvolvido por Masterix Sistemas
©2025 | Desenvolvido por Masterix Sistemas