Por Hellen Perucci
A dupla Romathael e Laura Ribeiro lança o single "Vênus", que traz uma tímida revelação de uma paixão platônica. O título da canção tem inspirações na mitologia romana em que Vênus é a deusa do amor e da beleza, e também na astronomia com o nome do planeta mais brilhante do nosso sistema solar. Fazendo uma analogia com a insignificância humana ao se comparar ao espaço sideral, o eu lírico do single "Vênus" faz uma súplica por se ver incapaz de brilhar.
Assim é a "Vênus", uma canção carregada de sentimentos e que nos convida a reflexão, a viajarmos em nossos próprios sentimentos, na nostalgia e no encontro com nós mesmos. O lançamento é no dia 8 de Abril em todas as plataformas de consumo musical da internet.
Laura conta como se sentiu na interpretação e as sensações que a música transmite:
“O começo da música já traz uma ideia de nostalgia, de distância, de paz, mesmo que uma paz meio melancólica, embolada, ansiosa. Aquela sensação que só conhece quem já gostou de alguém em níveis no idiota, sabe? Acho que essa música traz muito isso, uma ideia de tá jogado no espaço".
A cantora ainda explica que o dia em que se reuniram pra iniciar a composição da música, foi o último dia em que a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) teve aula presencial.
“Queria muito agradecer ao Romathael por me chamar pra fazer algo tão especial quanto o Vênus. Queria agradecer a galera que tá comigo: Samuca, Gabi, Vanessa Jaques, Álamo, Brendinho, Galante, que lançou a música agora há pouco tempo. E também a todo mundo que ajuda pra que isso seja tudo possível”, declarou Laura.
ROMATHAEL
Romathael, conta que sempre foi muito ligado a música eletrônica, principalmente na pré adolescência: “Eu lembro até hoje, em meados de 2008, quando emprestei um mp3 player para um colega para ele me passar as músicas que ele curtia, e ele recheou o mp3 com músicas do Daft Punk, do DJ Tiësto, que é um produtor de trance, e sempre fiquei imaginando como que estes artistas produziam timbres tão diferentes, já que eu não conseguia imaginar instrumentos orgânicos produzindo aquele tipo de som. Então meio que coloquei na cabeça que eu queria produzir músicas com aquela sonoridade.”
E as influências não pararam por aí. O new wave dos anos 80 como tem participação ativa em sua personalidade artística: “Já mais velho, eu escutei muita musica de new wave dos anos 80, como Tears for Fears, Alphaville, e mesmo aqui de artistas brasileiros como o Caetano Veloso e o Marcos Valle, que produziam musicas com elementos eletrônicos como sintetizadores e comecei a produzir seguindo esse caminho, tanto em questão harmônica quanto em questão da composição, já que a letra da música possui uma fonte bem pop.” Contou.
A produção do single mostra que nem sempre é necessário utilizar a última tecnologia do mercado para produzir algo moderno, mas, ao mesmo tempo, nostálgico. O que complementa a cultura vaporwave, que faz uma crítica ao capitalismo e a sociedade de consumo. E assim, a produção contou com o uso de um computador com Windows XP, lançado em 2001. “Hoje em dia, todas estas maquinas, que já serviram para algum propósito são jogadas fora por ser consideradas inúteis. Mas como podemos ver, não são, porque eu produzi usando esse computador antigo. Que ainda são uma ferramenta poderosa para a produção artística, então quer dizer que a gente não precisa de um computador novo só porque lançaram um modelo novo no mercado.
A ideia inicial de Romathael, também era cantar, mas percebeu que não era conhecedor da técnica. E por isso, acabou convidando a Laura Ribeiro para participar com a ideia, de também, exaltar os músicos locais.
LAURA RIBEIRO
Laura e a música andam lado a lado e se escolheram em vários momentos da trajetória da cantora. Que desde pequenininha, contava com o apoio da família até que cresceu, e decidiu se licenciar em música no ensino superior: “Eu comecei novinha, cantando igreja, aquela história bem comum. Sempre fui muito incentivada pela minha família me manter na música, fazer aula de música na infância e tudo mais. Tudo se manteve nesse caminho durante muito da minha vidinha, e aí veio um fator determinante que foi decidi cursar licenciatura em música no ensino superior. Aí tem que escolher um instrumento canto, escolhi canto. Aí o negócio ficou mais sério, né?” contou.
Com a pandemia, a execução do projeto Vênus passou por adaptações, e a cantora gravou sua voz com o próprio celular: “Mas como a música de uma estética que é bem introspectiva e que remete ao início da tecnologia, a gente conseguiu conciliar a produção com o que dava. Eu gravei a voz com o meu celular mesmo, tirei um pouco do ruído e encaixou legal. Aí foi sobre mudar detalhes e nuances da música pra que ficasse tudo encaixado, tudo uma coisa só. O roteiro do mundo tem sido muito imprevisível, cheio de mudança e coisas, mas agora, finalmente, a gente vai soltar a música. Eu estou muito feliz e muito animada pra, finalmente, jogar a nossa produção no mundo.”
Quanto aos projetos futuros, a cantora nos revelou com exclusividade que tem um projeto chamado Jacques Cigarra, que sairá em breve. E conta que está animada para que tudo volte ao normal: “Logo quando tudo voltar ao normal, eu espero sair por aí, fazendo uma barulheira horrorosa, com os músicos que tão aí comigo. E que eu vou aproveitar aqui também pra falar que mudou a minha vida né? Já que não é todo dia que a gente pode biscoitar os nossos amigos na rádio e é isso, espero.”
Por Hellen Perucci
A dupla Romathael e Laura Ribeiro lança o single "Vênus", que traz uma tímida revelação de uma paixão platônica. O título da canção tem inspirações na mitologia romana em que Vênus é a deusa do amor e da beleza, e também na astronomia com o nome do planeta mais brilhante do nosso sistema solar. Fazendo uma analogia com a insignificância humana ao se comparar ao espaço sideral, o eu lírico do single "Vênus" faz uma súplica por se ver incapaz de brilhar.
Assim é a "Vênus", uma canção carregada de sentimentos e que nos convida a reflexão, a viajarmos em nossos próprios sentimentos, na nostalgia e no encontro com nós mesmos. O lançamento é no dia 8 de Abril em todas as plataformas de consumo musical da internet.
Laura conta como se sentiu na interpretação e as sensações que a música transmite:
“O começo da música já traz uma ideia de nostalgia, de distância, de paz, mesmo que uma paz meio melancólica, embolada, ansiosa. Aquela sensação que só conhece quem já gostou de alguém em níveis no idiota, sabe? Acho que essa música traz muito isso, uma ideia de tá jogado no espaço".
A cantora ainda explica que o dia em que se reuniram pra iniciar a composição da música, foi o último dia em que a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) teve aula presencial.
“Queria muito agradecer ao Romathael por me chamar pra fazer algo tão especial quanto o Vênus. Queria agradecer a galera que tá comigo: Samuca, Gabi, Vanessa Jaques, Álamo, Brendinho, Galante, que lançou a música agora há pouco tempo. E também a todo mundo que ajuda pra que isso seja tudo possível”, declarou Laura.
ROMATHAEL
Romathael, conta que sempre foi muito ligado a música eletrônica, principalmente na pré adolescência: “Eu lembro até hoje, em meados de 2008, quando emprestei um mp3 player para um colega para ele me passar as músicas que ele curtia, e ele recheou o mp3 com músicas do Daft Punk, do DJ Tiësto, que é um produtor de trance, e sempre fiquei imaginando como que estes artistas produziam timbres tão diferentes, já que eu não conseguia imaginar instrumentos orgânicos produzindo aquele tipo de som. Então meio que coloquei na cabeça que eu queria produzir músicas com aquela sonoridade.”
E as influências não pararam por aí. O new wave dos anos 80 como tem participação ativa em sua personalidade artística: “Já mais velho, eu escutei muita musica de new wave dos anos 80, como Tears for Fears, Alphaville, e mesmo aqui de artistas brasileiros como o Caetano Veloso e o Marcos Valle, que produziam musicas com elementos eletrônicos como sintetizadores e comecei a produzir seguindo esse caminho, tanto em questão harmônica quanto em questão da composição, já que a letra da música possui uma fonte bem pop.” Contou.
A produção do single mostra que nem sempre é necessário utilizar a última tecnologia do mercado para produzir algo moderno, mas, ao mesmo tempo, nostálgico. O que complementa a cultura vaporwave, que faz uma crítica ao capitalismo e a sociedade de consumo. E assim, a produção contou com o uso de um computador com Windows XP, lançado em 2001. “Hoje em dia, todas estas maquinas, que já serviram para algum propósito são jogadas fora por ser consideradas inúteis. Mas como podemos ver, não são, porque eu produzi usando esse computador antigo. Que ainda são uma ferramenta poderosa para a produção artística, então quer dizer que a gente não precisa de um computador novo só porque lançaram um modelo novo no mercado.
A ideia inicial de Romathael, também era cantar, mas percebeu que não era conhecedor da técnica. E por isso, acabou convidando a Laura Ribeiro para participar com a ideia, de também, exaltar os músicos locais.
LAURA RIBEIRO
Laura e a música andam lado a lado e se escolheram em vários momentos da trajetória da cantora. Que desde pequenininha, contava com o apoio da família até que cresceu, e decidiu se licenciar em música no ensino superior: “Eu comecei novinha, cantando igreja, aquela história bem comum. Sempre fui muito incentivada pela minha família me manter na música, fazer aula de música na infância e tudo mais. Tudo se manteve nesse caminho durante muito da minha vidinha, e aí veio um fator determinante que foi decidi cursar licenciatura em música no ensino superior. Aí tem que escolher um instrumento canto, escolhi canto. Aí o negócio ficou mais sério, né?” contou.
Com a pandemia, a execução do projeto Vênus passou por adaptações, e a cantora gravou sua voz com o próprio celular: “Mas como a música de uma estética que é bem introspectiva e que remete ao início da tecnologia, a gente conseguiu conciliar a produção com o que dava. Eu gravei a voz com o meu celular mesmo, tirei um pouco do ruído e encaixou legal. Aí foi sobre mudar detalhes e nuances da música pra que ficasse tudo encaixado, tudo uma coisa só. O roteiro do mundo tem sido muito imprevisível, cheio de mudança e coisas, mas agora, finalmente, a gente vai soltar a música. Eu estou muito feliz e muito animada pra, finalmente, jogar a nossa produção no mundo.”
Quanto aos projetos futuros, a cantora nos revelou com exclusividade que tem um projeto chamado Jacques Cigarra, que sairá em breve. E conta que está animada para que tudo volte ao normal: “Logo quando tudo voltar ao normal, eu espero sair por aí, fazendo uma barulheira horrorosa, com os músicos que tão aí comigo. E que eu vou aproveitar aqui também pra falar que mudou a minha vida né? Já que não é todo dia que a gente pode biscoitar os nossos amigos na rádio e é isso, espero.”