Por Maria Letícia
Não é hoje que escutamos histórias sobre aparelhos celulares explodindo, aparentemente, sem motivo algum. No entanto, até qual ponto essas histórias são reais? Respondendo a principal pergunta: sim, é possível que um celular exploda; porém, as chances são baixas e dependem de alguns fatores específicos para que isso ocorra. Em 2018, 204 milhões de brasileiros possuíam acesso a algum tipo de aparelho telefônico móvel e, nesse ano, foram registrados 41 acidentes envolvendo celulares, sendo 23 fatais. Em Minas Gerais aconteceram dois desses acidentes, felizmente nenhum deles sendo fatais.
Apesar de ser um número extremamente baixo, conversamos com o Professor e Doutor em Engenharia Elétrica Rodrigo Augusto Ricco para entendermos como e porque as explosões ocorrem e como evita-las.
"Sim, é possível que ele exploda em ambas as situações (durante o carregamento ou não). Contudo, a maioria dos casos acontecem durante o carregamento. Durante o carregamento o aparelho encontra-se ligado à rede de energia, caso haja alguma falha do dispositivo de proteção do carregador, ou, por exemplo, um curto circuito na rede ligada a esse carregador, o usuário poderá levar um choque elétrico ou se machucar devido à explosão do aparelho. No primeiro caso, dependendo do caminho percorrido pela corrente elétrica, o usuário poderá ter uma parada cardíaca. No segundo caso, devido aos gazes inflamáveis gerados na bateria, podem ocorrer queimaduras graves, em ambas as situações o acidente pode ser fatal", explica.
O professor ressalta a importância do uso de produtos originais e evitar a exposição do aparelho a grandes temperaturas, umidade e cargas elétricas, além do necessário para o funcionamento do celular.
“O uso de componentes eletrônicos, como carregadores piratas e baterias piratas, pode influenciar. Com o tempo de uso do aparelho, esse aparelho pode ter suas condições normais de operação deterioradas. Basicamente, o que a gente tem que monitorar no celular é a respeito do aumento da temperatura que ocorre no celular, o usuário dele deve estar sempre atento a essa questão. Se o aparelho cair, estar sob umidade, estresse térmico, sobrecarga devido ao uso de adaptadores na tomada, uso de baterias e carregadores piratas e fora da especificação do aparelho, prejudicam e aumentam essa situação. Quando o celular está carregando, ele está sobre estresse maior que as condições normais de operação. Se você está utilizando durante o carregamento, a chance de acontecer uma sobrecarga é maior", ressalta.
Rodrigo completa dizendo que os celulares recomendados são aqueles que são aprovados e certificados pela Anatel, pois passaram por todos testes necessários para afirmarem sua segurança.
Quando falamos sobre o uso de aparelhos eletrônicos por crianças, é necessário ficar mais atento e não permitir o uso sem a supervisão de um adulto responsável pela criança: “A recomendação básica de crianças e pré-adolescentes é ter atenção redobrada. Sempre que a criança ou o adolescente for usar algum eletrônico, por exemplo um celular ou tablet, ele deve ser monitorado por um adulto; mas, independente do usuário, a pessoa que está utilizando deve ficar atenta a questão da temperatura, porque esse é um fator que dá um sinal ao usuário que pode estar ocorrendo alguma coisa fora das condições normais de operação”, afirma.
Para uma manutenção da saúde do celular, o professor Rodrigo recomenda cuidados básicos, evitando assim, acidentes envolvendo os aparelhos.
"Pra poder ter uma manutenção do aparelho, você deve evitar usar ele em ambientes com a temperatura elevada; deixa-lo cair no chão, porque, durante a queda, ele pode gerar alguma falha em algum componente interno e pode prejudicar as condições normais de operação; evitar colocar no carregador e tirar a todo instante; tentar manter o celular sempre entre 40 e 80% de carga, nunca deixar abaixar muito, nem carregar além do limite. Não deixar o celular, por exemplo, carregando a noite toda. A partir do momento que ele chega a 100%, normalmente, ele para de carregar, mas como os dispositivos físicos podem ocorrer falhas, então ele pode vir a ser danificado. A recomendação básica é ter cuidado com o aparelho. Evitar colocá-lo, por exemplo, na janela do vidro do carro, dependendo do nível de intensidade do sol, aquilo ali gera um estresse no celular que com certeza vai afetar a durabilidade daquele aparelho", explica.
Por Maria Letícia
Não é hoje que escutamos histórias sobre aparelhos celulares explodindo, aparentemente, sem motivo algum. No entanto, até qual ponto essas histórias são reais? Respondendo a principal pergunta: sim, é possível que um celular exploda; porém, as chances são baixas e dependem de alguns fatores específicos para que isso ocorra. Em 2018, 204 milhões de brasileiros possuíam acesso a algum tipo de aparelho telefônico móvel e, nesse ano, foram registrados 41 acidentes envolvendo celulares, sendo 23 fatais. Em Minas Gerais aconteceram dois desses acidentes, felizmente nenhum deles sendo fatais.
Apesar de ser um número extremamente baixo, conversamos com o Professor e Doutor em Engenharia Elétrica Rodrigo Augusto Ricco para entendermos como e porque as explosões ocorrem e como evita-las.
"Sim, é possível que ele exploda em ambas as situações (durante o carregamento ou não). Contudo, a maioria dos casos acontecem durante o carregamento. Durante o carregamento o aparelho encontra-se ligado à rede de energia, caso haja alguma falha do dispositivo de proteção do carregador, ou, por exemplo, um curto circuito na rede ligada a esse carregador, o usuário poderá levar um choque elétrico ou se machucar devido à explosão do aparelho. No primeiro caso, dependendo do caminho percorrido pela corrente elétrica, o usuário poderá ter uma parada cardíaca. No segundo caso, devido aos gazes inflamáveis gerados na bateria, podem ocorrer queimaduras graves, em ambas as situações o acidente pode ser fatal", explica.
O professor ressalta a importância do uso de produtos originais e evitar a exposição do aparelho a grandes temperaturas, umidade e cargas elétricas, além do necessário para o funcionamento do celular.
“O uso de componentes eletrônicos, como carregadores piratas e baterias piratas, pode influenciar. Com o tempo de uso do aparelho, esse aparelho pode ter suas condições normais de operação deterioradas. Basicamente, o que a gente tem que monitorar no celular é a respeito do aumento da temperatura que ocorre no celular, o usuário dele deve estar sempre atento a essa questão. Se o aparelho cair, estar sob umidade, estresse térmico, sobrecarga devido ao uso de adaptadores na tomada, uso de baterias e carregadores piratas e fora da especificação do aparelho, prejudicam e aumentam essa situação. Quando o celular está carregando, ele está sobre estresse maior que as condições normais de operação. Se você está utilizando durante o carregamento, a chance de acontecer uma sobrecarga é maior", ressalta.
Rodrigo completa dizendo que os celulares recomendados são aqueles que são aprovados e certificados pela Anatel, pois passaram por todos testes necessários para afirmarem sua segurança.
Quando falamos sobre o uso de aparelhos eletrônicos por crianças, é necessário ficar mais atento e não permitir o uso sem a supervisão de um adulto responsável pela criança: “A recomendação básica de crianças e pré-adolescentes é ter atenção redobrada. Sempre que a criança ou o adolescente for usar algum eletrônico, por exemplo um celular ou tablet, ele deve ser monitorado por um adulto; mas, independente do usuário, a pessoa que está utilizando deve ficar atenta a questão da temperatura, porque esse é um fator que dá um sinal ao usuário que pode estar ocorrendo alguma coisa fora das condições normais de operação”, afirma.
Para uma manutenção da saúde do celular, o professor Rodrigo recomenda cuidados básicos, evitando assim, acidentes envolvendo os aparelhos.
"Pra poder ter uma manutenção do aparelho, você deve evitar usar ele em ambientes com a temperatura elevada; deixa-lo cair no chão, porque, durante a queda, ele pode gerar alguma falha em algum componente interno e pode prejudicar as condições normais de operação; evitar colocar no carregador e tirar a todo instante; tentar manter o celular sempre entre 40 e 80% de carga, nunca deixar abaixar muito, nem carregar além do limite. Não deixar o celular, por exemplo, carregando a noite toda. A partir do momento que ele chega a 100%, normalmente, ele para de carregar, mas como os dispositivos físicos podem ocorrer falhas, então ele pode vir a ser danificado. A recomendação básica é ter cuidado com o aparelho. Evitar colocá-lo, por exemplo, na janela do vidro do carro, dependendo do nível de intensidade do sol, aquilo ali gera um estresse no celular que com certeza vai afetar a durabilidade daquele aparelho", explica.