Por Maria Letícia
Vale fechou, na quinta-feira (4/2), um acordo com o Governo de Minas no valor de 37,6 bilhões, em relação ao rompimento da barragem B-1 em Brumadinho. O acordo prevê o fim das discussões judiciais sobre os danos socioambientais e socioeconômicos causados pela tragédia. Em uma matéria divulgada pela assessoria de imprensa, o diretor-presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo afirma que “A Vale está determinada a reparar integralmente e compensar os danos causados pela tragédia de Brumadinho e a contribuir, cada vez mais, para melhoria e desenvolvimento das comunidades em que atuamos. Confiamos que este acordo global é um passo importante nessa direção. Sabemos que temos um caminho a percorrer e seguimos firmes em nosso propósito, alinhado com nosso Novo Pacto com a Sociedade.”
O governador Romeu Zema (Novo), afirma que a assinatura do acordo não prejudica as ações individuais movidas pelas pessoas prejudicadas em algum âmbito pelo rompimento, elas seguirão normalmente. Em entrevista para o Estado de Minas, o governador detalhou o direcionamento das verbas e que o dinheiro do acordo não poderá ser transferido para outros projetos ou emergências, mesmo que relacionadas à pandemia. A verba será direcionada a reforma de instituições públicas de ensino e saúde dos locais afetados, à rede de Atenção Psicossocial, à melhoria do metrô de Belo Horizonte e à rede Fhemig, além de parte da construção de um Rodoanel de 100 km que passará pela região atingida, de forma a facilitar o transporte entre as cidades.
Apesar do acordo assinado, o valor pedido pelo estado, a princípio era de 55 bilhões, sobre isso, Zema dá sua opinião em entrevista para o Estado de Minas: “Coincidentemente, hoje, o Estado de Minas noticiou que a tragédia da Gameleira completou 50 anos. Para mim, qualquer valor que foi pago hoje não consegue ressarcir as viúvas que perderam seus maridos, até porque suponho que muitas já morreram. Justiça tardia não é justiça. Na minha opinião é injustiça. O mineiro hoje precisa de saúde, segurança, boas escolas, a Região Metropolitana precisa de um anel viário. Se isso for feito daqui a 20, 30 anos, já passamos do tempo. E, principalmente, precisamos de emprego. E todas essas obras que serão executadas vão gerar mais de 360 mil empregos. Por isso nos empenhamos tanto em fazer um acordo ágil, que venha realmente trazer para o mineiro aquilo que ele precisa. Estamos em um momento de pandemia, de desemprego recorde. Precisamos colocar as pessoas para cima. Precisamos de obra, de emprego neste momento. E não daqui sabe-se lá se seria daqui 50 anos, como aconteceu na Gameleira. Então, eu vejo o acordo com muito bons olhos.” Apesar disso, o governador também afirma que o acordo feito com a mineradora “é o mínimo”.
A equipe da Real FM buscou contato com a Vale, porém a única informação sobre o assunto encaminhada foi a notícia publicada no site da empresa.
Por Maria Letícia
Vale fechou, na quinta-feira (4/2), um acordo com o Governo de Minas no valor de 37,6 bilhões, em relação ao rompimento da barragem B-1 em Brumadinho. O acordo prevê o fim das discussões judiciais sobre os danos socioambientais e socioeconômicos causados pela tragédia. Em uma matéria divulgada pela assessoria de imprensa, o diretor-presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo afirma que “A Vale está determinada a reparar integralmente e compensar os danos causados pela tragédia de Brumadinho e a contribuir, cada vez mais, para melhoria e desenvolvimento das comunidades em que atuamos. Confiamos que este acordo global é um passo importante nessa direção. Sabemos que temos um caminho a percorrer e seguimos firmes em nosso propósito, alinhado com nosso Novo Pacto com a Sociedade.”
O governador Romeu Zema (Novo), afirma que a assinatura do acordo não prejudica as ações individuais movidas pelas pessoas prejudicadas em algum âmbito pelo rompimento, elas seguirão normalmente. Em entrevista para o Estado de Minas, o governador detalhou o direcionamento das verbas e que o dinheiro do acordo não poderá ser transferido para outros projetos ou emergências, mesmo que relacionadas à pandemia. A verba será direcionada a reforma de instituições públicas de ensino e saúde dos locais afetados, à rede de Atenção Psicossocial, à melhoria do metrô de Belo Horizonte e à rede Fhemig, além de parte da construção de um Rodoanel de 100 km que passará pela região atingida, de forma a facilitar o transporte entre as cidades.
Apesar do acordo assinado, o valor pedido pelo estado, a princípio era de 55 bilhões, sobre isso, Zema dá sua opinião em entrevista para o Estado de Minas: “Coincidentemente, hoje, o Estado de Minas noticiou que a tragédia da Gameleira completou 50 anos. Para mim, qualquer valor que foi pago hoje não consegue ressarcir as viúvas que perderam seus maridos, até porque suponho que muitas já morreram. Justiça tardia não é justiça. Na minha opinião é injustiça. O mineiro hoje precisa de saúde, segurança, boas escolas, a Região Metropolitana precisa de um anel viário. Se isso for feito daqui a 20, 30 anos, já passamos do tempo. E, principalmente, precisamos de emprego. E todas essas obras que serão executadas vão gerar mais de 360 mil empregos. Por isso nos empenhamos tanto em fazer um acordo ágil, que venha realmente trazer para o mineiro aquilo que ele precisa. Estamos em um momento de pandemia, de desemprego recorde. Precisamos colocar as pessoas para cima. Precisamos de obra, de emprego neste momento. E não daqui sabe-se lá se seria daqui 50 anos, como aconteceu na Gameleira. Então, eu vejo o acordo com muito bons olhos.” Apesar disso, o governador também afirma que o acordo feito com a mineradora “é o mínimo”.
A equipe da Real FM buscou contato com a Vale, porém a única informação sobre o assunto encaminhada foi a notícia publicada no site da empresa.