Por Luan Carlos
De acordo com a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento, mais de 400 mil empregos na área de eventos foram perdidos nesta pandemia, sendo que 60% dos trabalhadores na área nem sequer trabalham com carteira assinada.
Mesmo com a fase 3 do programa Minas Consciente, que prevê o funcionamento de todas as atividades em qualquer onda, como eventos, muitos profissionais da região dos inconfidentes ainda não veem alternativas antes da vacinação integral da população.
Xisto Siman, produtor cultural e fundador do Circovolante, afirma que mesmo com a reabertura possibilitada pelo Minas Consciente, o Encontro de Palhaços, que geralmente acontece em Mariana, não pode ser realizado devida a grande movimentação das pessoas.
“A gente faz um evento que é sucesso absoluto de público. Como eu vou fazer o evento e falar que o evento é somente para 400 pessoas? Como eu vou fazer um Encontro de Palhaços sem aglomerar? O Encontro de Palhaços é sinônimo de aglomeração, então para nós não faz diferença. Só vamos realizar o evento quando todo mundo estiver vacinado e imunizado. Para o meu negócio, não faz diferença o programa Minas Consciente liberar ou não os eventos”, explica.
Mas não foi somente a área da cultura que foi influenciado pelo fechamento. Fernandelli Fernandes técnico de som, fala como que o setor de sonorização teve que se reinventar para conseguir outras formas de renda.
“A gente tem produzido algumas lives em conjunto com as bandas, buscando patrocínio, bem em passos curtos. Você bate na porta de um patrocinador, buscando ajuda aqui e ali, mas nem todos tem essa mesma sorte e oportunidade”, afirma.
Pedro Aguiar, da empresa SPH Som e Locação de Equipamentos, de Itabirito, fala sobre como o setor de sonorização foi afetado com a pandemia e que o retorno financeiro de sua empresa diminuiu consideravelmente após o fechamento em março de 2020. De acordo com o empresário, com o afrouxamento do Minas Consciente a reabertura é um passo para fazer trabalhos em setores corporativos ou eventos de menor porte, já que antes a restrição era total e não existe uma atenção do poder público para este setor da economia.
A semana de carnaval seria uma das datas de grande movimentação do setor de eventos, mas com o seu cancelamento na Região dos Inconfidentes, muitos trabalhadores também deixarão de receber.
A Prefeitura Municipal de Ouro Preto está organizando um carnaval online, que contará com a participação de alguns movimentos culturais que também foram impactados pela pandemia, contudo, a produção será da própria prefeitura, de acordo com Margareth Monteiro, Secretária de Cultura do Município.
Como paliativo para este setor que movimenta bastante dinheiro, o Ministério do Turismo, via Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), disponibilizará mais de 406 milhões de reais de crédito para trabalhadores em empresários do setor de eventos. O empréstimo terá carência de dois anos, com juros de 0,8%.
Por Luan Carlos
De acordo com a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento, mais de 400 mil empregos na área de eventos foram perdidos nesta pandemia, sendo que 60% dos trabalhadores na área nem sequer trabalham com carteira assinada.
Mesmo com a fase 3 do programa Minas Consciente, que prevê o funcionamento de todas as atividades em qualquer onda, como eventos, muitos profissionais da região dos inconfidentes ainda não veem alternativas antes da vacinação integral da população.
Xisto Siman, produtor cultural e fundador do Circovolante, afirma que mesmo com a reabertura possibilitada pelo Minas Consciente, o Encontro de Palhaços, que geralmente acontece em Mariana, não pode ser realizado devida a grande movimentação das pessoas.
“A gente faz um evento que é sucesso absoluto de público. Como eu vou fazer o evento e falar que o evento é somente para 400 pessoas? Como eu vou fazer um Encontro de Palhaços sem aglomerar? O Encontro de Palhaços é sinônimo de aglomeração, então para nós não faz diferença. Só vamos realizar o evento quando todo mundo estiver vacinado e imunizado. Para o meu negócio, não faz diferença o programa Minas Consciente liberar ou não os eventos”, explica.
Mas não foi somente a área da cultura que foi influenciado pelo fechamento. Fernandelli Fernandes técnico de som, fala como que o setor de sonorização teve que se reinventar para conseguir outras formas de renda.
“A gente tem produzido algumas lives em conjunto com as bandas, buscando patrocínio, bem em passos curtos. Você bate na porta de um patrocinador, buscando ajuda aqui e ali, mas nem todos tem essa mesma sorte e oportunidade”, afirma.
Pedro Aguiar, da empresa SPH Som e Locação de Equipamentos, de Itabirito, fala sobre como o setor de sonorização foi afetado com a pandemia e que o retorno financeiro de sua empresa diminuiu consideravelmente após o fechamento em março de 2020. De acordo com o empresário, com o afrouxamento do Minas Consciente a reabertura é um passo para fazer trabalhos em setores corporativos ou eventos de menor porte, já que antes a restrição era total e não existe uma atenção do poder público para este setor da economia.
A semana de carnaval seria uma das datas de grande movimentação do setor de eventos, mas com o seu cancelamento na Região dos Inconfidentes, muitos trabalhadores também deixarão de receber.
A Prefeitura Municipal de Ouro Preto está organizando um carnaval online, que contará com a participação de alguns movimentos culturais que também foram impactados pela pandemia, contudo, a produção será da própria prefeitura, de acordo com Margareth Monteiro, Secretária de Cultura do Município.
Como paliativo para este setor que movimenta bastante dinheiro, o Ministério do Turismo, via Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), disponibilizará mais de 406 milhões de reais de crédito para trabalhadores em empresários do setor de eventos. O empréstimo terá carência de dois anos, com juros de 0,8%.