Por Hellen Perucci
O que você pensa quando ouve falar em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)? Parece algo chato, acadêmico e difícil quando se escuta por alto… Mas, e se eu te convencer justamente do contrário? A agora jornalista, Cíntia Soares, produziu como trabalho de conclusão da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a série documental autobiográfica “Elos - Traduzindo o Intraduzível”, orientada pelo Professor Doutor Adriano Medeiros e por Luiz Felipe Pereira.
Cíntia Soares, responsável pelo projeto, roteiro e produção, tem 23 anos e é natural de São Domingos do Prata, cidade situada a 136 km de Belo Horizonte, a 30 km de João Monlevade na região do Médio Piracicaba. Quando nasceu, a leonina de agosto, foi diagnosticada com paralisia cerebral devido à falta de oxigenação no cérebro, uma lesão rara caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo.
Entretanto, graças a Célia Soares, 61, sua mãe e maior parceira de caminhada, a estimulação e participação ativa, sempre estiveram presentes: “Era me levando para tratamentos, ações em prol da pessoa com deficiência e isso me fez ganhar consciência. Depois que cresci, eu comecei a ser porta-voz da luta anti capacitista (...)", relatou Cíntia.
“Rapa do tacho”, ou filha mais nova para os não adeptos do mineirês, a aprovação no vestibular em jornalismo veio para ampliar, ainda mais, a voz ativa que a dupla Cintia e Célia já possuíam: “(...) E no jornalismo, encontrei um espaço ainda mais amplo para debater sobre. Ter me formado na UFOP foi fundamental para a minha construção, pois me permitiu romper barreiras”, completou.
A junção de jornalismo, sabedoria e vivência fez nascer a série documental auto-biográfica “Elos-traduzindo o intraduzível”. Na teoria, o trabalho de conclusão é parte do que deve ser apresentado para que você se torne, de fato, o profissional de alguma área. Com seu documentário, Cíntia não só se torna oficialmente jornalista, como apresenta, e devolve, a comunidade uma produção sensível, informativa e de aprendizado a partir de sua construção de vida com seus amigos e sua família.
CONHEÇA ELOS
No dia 20 de janeiro, às 20h, os três episódios serão exibidos de forma gratuita no Anexo ao Museu da Inconfidência, localizado na Praça Reinaldo Alves de Brito, número 47. E o trabalho autobiográfico poderá ser conhecido pela população: “Elos - Traduzindo o Intraduzível nasceu das minhas vivências enquanto pessoa com deficiência, e em três episódios, com temas pré-selecionados, conto um pouco da minha trajetória. Pré-selecionei três temas que vão de encontro com a afetividade e com a inclusão, temas centrais da série, os aspectos fundamentais para lei do protagonismo da pessoa com deficiência e o acolhimento para conosco, pessoas com deficiência e família também. Ela se deu a partir do momento em que percebi que existe a ausência de afetividade conosco com nossas famílias, e também a ausência de representatividade”, ressaltou Cíntia.
Com o intuito de chamar a atenção para os aspectos sociais, o trabalho com direção e roteiro de Cíntia Soares, montagem e trilha sonora de Juan Vieira e captação de imagens de Anderson Medeiros, Cíntia Soares, Ramon de Oliveira e Fernanda França, nos convida a refletir, repensar e reivindicar a inclusão, a afetividade e, principalmente, a representatividade em nossas vivências. Não deixe de conhecer “Elos - Traduzindo o Intraduzível”.
Por Hellen Perucci
O que você pensa quando ouve falar em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)? Parece algo chato, acadêmico e difícil quando se escuta por alto… Mas, e se eu te convencer justamente do contrário? A agora jornalista, Cíntia Soares, produziu como trabalho de conclusão da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a série documental autobiográfica “Elos - Traduzindo o Intraduzível”, orientada pelo Professor Doutor Adriano Medeiros e por Luiz Felipe Pereira.
Cíntia Soares, responsável pelo projeto, roteiro e produção, tem 23 anos e é natural de São Domingos do Prata, cidade situada a 136 km de Belo Horizonte, a 30 km de João Monlevade na região do Médio Piracicaba. Quando nasceu, a leonina de agosto, foi diagnosticada com paralisia cerebral devido à falta de oxigenação no cérebro, uma lesão rara caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo.
Entretanto, graças a Célia Soares, 61, sua mãe e maior parceira de caminhada, a estimulação e participação ativa, sempre estiveram presentes: “Era me levando para tratamentos, ações em prol da pessoa com deficiência e isso me fez ganhar consciência. Depois que cresci, eu comecei a ser porta-voz da luta anti capacitista (...)", relatou Cíntia.
“Rapa do tacho”, ou filha mais nova para os não adeptos do mineirês, a aprovação no vestibular em jornalismo veio para ampliar, ainda mais, a voz ativa que a dupla Cintia e Célia já possuíam: “(...) E no jornalismo, encontrei um espaço ainda mais amplo para debater sobre. Ter me formado na UFOP foi fundamental para a minha construção, pois me permitiu romper barreiras”, completou.
A junção de jornalismo, sabedoria e vivência fez nascer a série documental auto-biográfica “Elos-traduzindo o intraduzível”. Na teoria, o trabalho de conclusão é parte do que deve ser apresentado para que você se torne, de fato, o profissional de alguma área. Com seu documentário, Cíntia não só se torna oficialmente jornalista, como apresenta, e devolve, a comunidade uma produção sensível, informativa e de aprendizado a partir de sua construção de vida com seus amigos e sua família.
CONHEÇA ELOS
No dia 20 de janeiro, às 20h, os três episódios serão exibidos de forma gratuita no Anexo ao Museu da Inconfidência, localizado na Praça Reinaldo Alves de Brito, número 47. E o trabalho autobiográfico poderá ser conhecido pela população: “Elos - Traduzindo o Intraduzível nasceu das minhas vivências enquanto pessoa com deficiência, e em três episódios, com temas pré-selecionados, conto um pouco da minha trajetória. Pré-selecionei três temas que vão de encontro com a afetividade e com a inclusão, temas centrais da série, os aspectos fundamentais para lei do protagonismo da pessoa com deficiência e o acolhimento para conosco, pessoas com deficiência e família também. Ela se deu a partir do momento em que percebi que existe a ausência de afetividade conosco com nossas famílias, e também a ausência de representatividade”, ressaltou Cíntia.
Com o intuito de chamar a atenção para os aspectos sociais, o trabalho com direção e roteiro de Cíntia Soares, montagem e trilha sonora de Juan Vieira e captação de imagens de Anderson Medeiros, Cíntia Soares, Ramon de Oliveira e Fernanda França, nos convida a refletir, repensar e reivindicar a inclusão, a afetividade e, principalmente, a representatividade em nossas vivências. Não deixe de conhecer “Elos - Traduzindo o Intraduzível”.