Por Samuel Carlos
O distrito de Santa Rita de Ouro Preto foi palco de eventos medievais entre os dias 08, 09 e 10 deste mês de Julho. Os acontecimentos foram o “Prosa Cortante das Gerais” e o “Medieval Ouro Preto”.
O Prosa Cortante das Gerais é uma exposição anual que reúne ferreiros, cuteleiros e amantes da estética medieval e combates marciais históricos. Nele, os visitantes puderam conhecer artigos criados pelos ferreiros e cuteleiros relacionados ao período histórico, como facas e espadas, armaduras, peças em madeira, entre outros utensílios.
Já o Medieval Ouro Preto reuniu praticantes e admiradores da era antiga. O evento contou com lutas de espadas, lançamento de machado, arco e flecha, cantorias da era, além da cerveja artesanal. Vários participantes foram, ainda, vestidos a caráter com trajes da época para relembrar o período medieval.
Marco Antônio Amato, mais conhecido como Markito Zé Bigorna, é um dos idealizadores do evento. Residente no vilarejo de Itatiaia, em Ouro Branco-MG, ele dedica seu tempo a seu ateliê, onde estão as peças que fabrica como ferreiro e artesão desde 2008 junto à esposa. Markito conta um pouco mais sobre o evento:
“Meu nome é Markito Amato, eu sou ferreiro cuteleiro e sou organizador do evento do Prosa Cortante medieval Ouro Preto. Esse (evento) aqui nasceu como um encontro de cuteleiros e ferreiros, daí o nome Prosa Constante e depois a gente botou aquela estética medieval, que tem tudo a ver com a forjaria e aí criou-se esse clima aqui que todo mundo junto e curtindo, aproveitando né, o espetáculo. Muita gente pergunta: tem horário pras coisas? Eu falei, não, não tem. É que nem uma feira medieval mesmo, as coisas acontecem e surpresas aparecem e a gente acaba aproveitando todo mundo junto.”
Bruno Oliveira, criador da Skaldland Handverk, uma joalheria histórica com fabricação de artefatos baseados em achados arqueológicos, também participou do evento e relatou um pouco do seu trabalho:
“Eu sou Bruno, artesão da Skaldland, que trabalha com joalheria histórica. Eu faço recreação de peças históricas arqueológicas. Eu procuro ver artigos noruegueses, sueco, vou lá e procuro ver como foi feito e quando a gente não tem as informações, tenta ver como é que tenta achar as peças de quebra-cabeça, né? É o que a gente chama de arqueologia experimental: a gente não tem informação, vai lá adquirir pra ver como é que foi feito e daí a gente deduz e aproxima mais ou menos as informações. A gente se diverte fazendo uns anéis, fazendo utensílios, desde a agulha de costura da época, os amuletos religiosos dos cristãos, os pagãos e toda aquela questão que tinha na era viking. Você tem a pederneira para fazer fogo, por exemplo. Tem toda uma uma série de objetos, não só de joalheria, como de uso comum. A minha área é essa mesmo, buscar essas informações e a parte que mais me divirto é o estudo. Aqui é a ponta do iceberg, que a gente vê todo o pessoal, se diverte e banca os estudos.
O evento retornou em 2022 após pausa nos anos anteriores devido à Covid-19.
Por Samuel Carlos
O distrito de Santa Rita de Ouro Preto foi palco de eventos medievais entre os dias 08, 09 e 10 deste mês de Julho. Os acontecimentos foram o “Prosa Cortante das Gerais” e o “Medieval Ouro Preto”.
O Prosa Cortante das Gerais é uma exposição anual que reúne ferreiros, cuteleiros e amantes da estética medieval e combates marciais históricos. Nele, os visitantes puderam conhecer artigos criados pelos ferreiros e cuteleiros relacionados ao período histórico, como facas e espadas, armaduras, peças em madeira, entre outros utensílios.
Já o Medieval Ouro Preto reuniu praticantes e admiradores da era antiga. O evento contou com lutas de espadas, lançamento de machado, arco e flecha, cantorias da era, além da cerveja artesanal. Vários participantes foram, ainda, vestidos a caráter com trajes da época para relembrar o período medieval.
Marco Antônio Amato, mais conhecido como Markito Zé Bigorna, é um dos idealizadores do evento. Residente no vilarejo de Itatiaia, em Ouro Branco-MG, ele dedica seu tempo a seu ateliê, onde estão as peças que fabrica como ferreiro e artesão desde 2008 junto à esposa. Markito conta um pouco mais sobre o evento:
“Meu nome é Markito Amato, eu sou ferreiro cuteleiro e sou organizador do evento do Prosa Cortante medieval Ouro Preto. Esse (evento) aqui nasceu como um encontro de cuteleiros e ferreiros, daí o nome Prosa Constante e depois a gente botou aquela estética medieval, que tem tudo a ver com a forjaria e aí criou-se esse clima aqui que todo mundo junto e curtindo, aproveitando né, o espetáculo. Muita gente pergunta: tem horário pras coisas? Eu falei, não, não tem. É que nem uma feira medieval mesmo, as coisas acontecem e surpresas aparecem e a gente acaba aproveitando todo mundo junto.”
Bruno Oliveira, criador da Skaldland Handverk, uma joalheria histórica com fabricação de artefatos baseados em achados arqueológicos, também participou do evento e relatou um pouco do seu trabalho:
“Eu sou Bruno, artesão da Skaldland, que trabalha com joalheria histórica. Eu faço recreação de peças históricas arqueológicas. Eu procuro ver artigos noruegueses, sueco, vou lá e procuro ver como foi feito e quando a gente não tem as informações, tenta ver como é que tenta achar as peças de quebra-cabeça, né? É o que a gente chama de arqueologia experimental: a gente não tem informação, vai lá adquirir pra ver como é que foi feito e daí a gente deduz e aproxima mais ou menos as informações. A gente se diverte fazendo uns anéis, fazendo utensílios, desde a agulha de costura da época, os amuletos religiosos dos cristãos, os pagãos e toda aquela questão que tinha na era viking. Você tem a pederneira para fazer fogo, por exemplo. Tem toda uma uma série de objetos, não só de joalheria, como de uso comum. A minha área é essa mesmo, buscar essas informações e a parte que mais me divirto é o estudo. Aqui é a ponta do iceberg, que a gente vê todo o pessoal, se diverte e banca os estudos.
O evento retornou em 2022 após pausa nos anos anteriores devido à Covid-19.