Por Samuel Carlos
A pré-candidata Duda Salabert, vereadora mais votada em 2020 na cidade de Belo Horizonte, disse ao programa Real Entrevista da Rádio Real FM, na manhã desta quarta, que os municípios não podem ficar refém da atividade mineral, que contempla boa parte do estado. Salabert disse ainda que as mineradoras cometeram “ecocídios”, nos casos dos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho.
Para ela, os municípios precisam criar alternativas econômicas para não ficarem reféns somente de uma atividade como a mineração. Duda disse que é necessário questionar os números da mineração em relação ao PIB - Produto Interno Bruto - do estado, que segundo ela, nos últimos 10 anos, foi correspondente a apenas 4% e criticou o Governo do Estado e o Governo Federal por não terem uma política de diversidade econômica para Minas Gerais:
“A mineração representa hoje no estado de Minas Gerais 4% do PIB, 2% dos impostos arrecadados e 1,2% dos empregos. Agora, é lógico que existem alguns municípios que têm o que nós chamamos de minério-dependência ou minério-imposição. Ou seja, em Minas Gerais, nós temos 853 cidades. Dessas, cerca de 20 dependem diretamente da mineração, cujo PIB é 50% da economia local. Então, se nós tivéssemos um governador sério e um presidente sério, que preocupasse com o crescimento do estado de Minas Gerais, ele iria se preocupar em promover o que nós chamamos de diversificação econômica. Você intensificar outro tipo de produção nos municípios a fim de superar essa chamada minério-dependência, que tem um impacto muito grande no meio ambiente.”
A vereadora de BH disse também que a mineração promover riqueza é uma falácia, pois, se fosse assim, Minas Gerais seria o estado mais rico do Brasil:
“É um mito, uma falácia que mineração traz riqueza. Se a mineração trouxesse riqueza, Minas Gerais seria o estado mais rico do Brasil. Sabará, que está entre os os municípios mais pobres do Brasil, seria exemplo de desenvolvimento. Brumadinho seria exemplo de desenvolvimento. Mas segundo o IBGE, os municípios que tiveram mineração de ferro são onde há mais desigualdade social. Então, na verdade o que nós devemos pensar pra Minas Gerais, é um projeto econômico que façam esses municípios superar a minério dependência e aí sim, ao invés de exportar montanha moída, a gente exportar tecnologia, outro tipo de produção econômica e faça, de fato, Minas Gerais ser um exemplo de desenvolvimento sustentável.”
Duda Salabert ainda comentou a polêmica sobre a mineração na Serra do Curral, próxima a BH, que segundo ela, é um patrimônio de Minas Gerais:
“Os mineiros não querem mineração na Serra do Curral porque é nosso. Além de cartão postal, nós temos uma relação afetiva com a Serra do Curral. E não só afetiva, é fundamental para a segurança hídrica da região metropolitana de Belo Horizonte. Não estamos aqui discutindo a relevância da mineração pro estado de Minas Gerais, pro Brasil, nós estamos aqui discutindo a ameaça criminosa. Crime que é o que tá acontecendo na Serra do Curral. Ela é importante do ponto de vista cultural, do ponto de vista afetivo, do ponto de vista hídrico.
Salabert declarou que irá disputar as eleições de 2022, mas que ainda não está definido o cargo.
Por Samuel Carlos
A pré-candidata Duda Salabert, vereadora mais votada em 2020 na cidade de Belo Horizonte, disse ao programa Real Entrevista da Rádio Real FM, na manhã desta quarta, que os municípios não podem ficar refém da atividade mineral, que contempla boa parte do estado. Salabert disse ainda que as mineradoras cometeram “ecocídios”, nos casos dos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho.
Para ela, os municípios precisam criar alternativas econômicas para não ficarem reféns somente de uma atividade como a mineração. Duda disse que é necessário questionar os números da mineração em relação ao PIB - Produto Interno Bruto - do estado, que segundo ela, nos últimos 10 anos, foi correspondente a apenas 4% e criticou o Governo do Estado e o Governo Federal por não terem uma política de diversidade econômica para Minas Gerais:
“A mineração representa hoje no estado de Minas Gerais 4% do PIB, 2% dos impostos arrecadados e 1,2% dos empregos. Agora, é lógico que existem alguns municípios que têm o que nós chamamos de minério-dependência ou minério-imposição. Ou seja, em Minas Gerais, nós temos 853 cidades. Dessas, cerca de 20 dependem diretamente da mineração, cujo PIB é 50% da economia local. Então, se nós tivéssemos um governador sério e um presidente sério, que preocupasse com o crescimento do estado de Minas Gerais, ele iria se preocupar em promover o que nós chamamos de diversificação econômica. Você intensificar outro tipo de produção nos municípios a fim de superar essa chamada minério-dependência, que tem um impacto muito grande no meio ambiente.”
A vereadora de BH disse também que a mineração promover riqueza é uma falácia, pois, se fosse assim, Minas Gerais seria o estado mais rico do Brasil:
“É um mito, uma falácia que mineração traz riqueza. Se a mineração trouxesse riqueza, Minas Gerais seria o estado mais rico do Brasil. Sabará, que está entre os os municípios mais pobres do Brasil, seria exemplo de desenvolvimento. Brumadinho seria exemplo de desenvolvimento. Mas segundo o IBGE, os municípios que tiveram mineração de ferro são onde há mais desigualdade social. Então, na verdade o que nós devemos pensar pra Minas Gerais, é um projeto econômico que façam esses municípios superar a minério dependência e aí sim, ao invés de exportar montanha moída, a gente exportar tecnologia, outro tipo de produção econômica e faça, de fato, Minas Gerais ser um exemplo de desenvolvimento sustentável.”
Duda Salabert ainda comentou a polêmica sobre a mineração na Serra do Curral, próxima a BH, que segundo ela, é um patrimônio de Minas Gerais:
“Os mineiros não querem mineração na Serra do Curral porque é nosso. Além de cartão postal, nós temos uma relação afetiva com a Serra do Curral. E não só afetiva, é fundamental para a segurança hídrica da região metropolitana de Belo Horizonte. Não estamos aqui discutindo a relevância da mineração pro estado de Minas Gerais, pro Brasil, nós estamos aqui discutindo a ameaça criminosa. Crime que é o que tá acontecendo na Serra do Curral. Ela é importante do ponto de vista cultural, do ponto de vista afetivo, do ponto de vista hídrico.
Salabert declarou que irá disputar as eleições de 2022, mas que ainda não está definido o cargo.