Por Hellen Perucci
É ela. Esse foi o único pensamento do Jefin quando viu Mariana passando pela rua após uma partida de futebol, em que ela havia disputado, “ela passou na rua de tiara, saindo de uma partida… quando vi que ela ainda jogava, ai não teve jeito”, ele conta com brilhos nos olhos. Ele demonstrou com convicção que queria chamar a atenção dela — um psiu!, e ao sair para vê-la, com intenção verificar se ela havia olhado ou correspondido, Mariana havia entrado pela rua e não seguido reto, conforme o roteiro do nosso amigo.
Mas a Mariana viu e ouviu. Ao chegar na casa da sua família, “sabe quem mexeu comigo? O Jefin, jogador”. Uma pausa: caro leitor e ouvinte, se você não gosta muito de futebol e esportes das quatro linhas, talvez você não entenda o impacto, mas tento explicar. Sabe quando você gosta de algo extremamente específico? Uma banda com 200 ouvintes mensais no Spotify ou uma combinação estranha de alimentos? Daí faz um comentário com alguém e a outra pessoa diz que compartilha daqueles gostos e você diz “ pensava ser só eu”… Exatamente essa a sensação. É o princípio da compatibilidade.
Não sei se o leitor e ouvinte acredita em destino, mas algo muito forte proporcionou o encontro destes dois apaixonados pelo futebol, e há cerca de 3 anos e meio, um pelo outro. Sempre moraram próximos e parece que desde sempre sabiam estarem predestinados a estarem juntos. Ela disse “nunca imaginei que ficaríamos juntos”, e ele, “sempre soube''. Mariana, você também sabia, não sabia que sabia, mas sabia (gasto aqui a ficha da informalidade).
Por vezes a entrevista ficava em silêncio, mas não porque o assunto acabava, muito pelo contrário, era justamente porque eles se olhavam e sorriam. Sorriam leve, se olhavam com brilho, lembravam em sintonia de tudo que passaram nesse tempo, ali também tinha história, e muita. E rapidamente, uma história surgiu, um sorriso, um momento em que a parceria e cumplicidade sobressaíram. Não adianta, são eles.
Foi em Antônio Pereira em que as certezas foram sentidas. Sem avisar, Mariana pegou o ônibus com sua prima, e foi assistir a Copa Gigantex de futsal, mas apesar de ser uma fã do esporte ela não queria observar as partidas, queria ver um jogador específico, que começa com a letra J e tem o apelido no diminutivo. “Eu passei a mão no cabelo dela, não demonstrei nada (nem um pouquinho, sabemos), mas quando fiz um gol, dediquei um coração para ela”. Aplique aqui o princípio da compatibilidade de novo, leitor. Imagina o que é receber um gol? Isso aí! Acredito que deu para entender o que foi esse momento, né? O fã de esportes já pegou no ar.
Desde então, Mariana nunca mais saiu das arquibancadas. E é a última pessoa com a qual Jefin se encontra antes de entrar em campo, e a primeira que ele procura quando o árbitro apita o final de uma partida. Durante os gols e lances importantes, ele também a procura: “ela é minha maior motivação”, ele diz. “Eu grito, incentivo, fico mais ansiosa que ele. Quando perde, eu fico mais chateada. É o inverso, ele me consola, quando não vou aos jogos, ele tem que me ligar de vídeo senão eu fico com raiva”.
E a presença de Mariana é bastante requisitada nas partidas. Seu parceiro a chama de “amuleto da sorte”, “ela já levantou mais taças que muito jogador antigo por aí”, mas ele complementa “mas quem levantou a maior delas e marcou o gol mais bonito fui eu: ela”.
Quando ela pode ir aos jogos, os demais jogadores, e amigos do casal, se mobilizam e sempre surge uma vaguinha em algum carro, porque não é segredo para ninguém, eles chamam títulos. Toda taça que ele levanta, e não são poucas, com os mais diversos clubes, ela também levanta porque é uma conquista dos dois. O amor parte do alambrado, e vai pro campo, quadra, society e se transformam em gols e alegria (Bendita a hora que ela passou naquela rua! Os dirigentes, técnicos e companheiros de clube, que o digam, hein!?)!
“Assim… O futebol é a base do nosso relacionamento”, “muitos amigos dele dizem que nosso relacionamento é uma meta para eles, muita gente diz”, em seguida, me mostram uma foto de um campeonato que aconteceu na Arena Mariana, na imagem, os dois seguram taças: ele vice, ela campeã. Mas como um bom time entrosado, levantaram taças e ficaram felizes um pelo outro. Devido à pandemia, a xará da Primaz de Minas, parou de praticar o esporte de contato em proteção a sua família, mas usa seus conhecimentos para que seu companheiro brilhe ainda mais na jornada. Olhares fofos acontecem.
Pelo Penarol, no Festival Craques da Bola Kaiser, essa parceria, cumplicidade e sorte foi capturada por um dos fotógrafos. "Todos os gols eu dedico para ela, e sempre procuro por ela nos finais da partida".
E durante esse ritual, quando o juiz encerrou a partida dando o troféu ao Penarol, Jefin, autor de um dos gols, correu até a arquibancada como faz durante esses 3 anos e meio (e fará para sempre), e deu um beijo na sua amada. Instantaneamente: clique. Para o fotógrafo, uma captura. Mas para quem os conhece, sabe que foi um registro sincero e leve de uma parceria que passa pela amizade, chega no amor e transborda pelos amigos, famílias e até por quem nunca conversou com os dois
(E é real, a arquibancada estava lotada, a tradicional torcida amarela e preta tomava o campo da Barra e ele a encontrou).
O Jefin já teve passagens por clubes de Itabirito, Barão de Cocais e da região como CTX, Tsunami, Penarol, Os Largados, Primaz e incontáveis outros clubes. Já presenciou arquibancadas lotadas, foi ovacionado, ganhou até placa. Mas nada disso importa se a torcedora 01 não estiver lá, gritando mais que todo mundo ou sendo o ponto de referência para onde ele deve olhar quando um lance dá certo ou não. Ou quando é tomado pela vergonha durante uma entrevista. A dor de uma lesão, fica leve quando para ajudar o time ele entrou e ela gritava “vai, vai, você consegue”, ele fez gol. Ela está feliz.
E Mariana, teve passagens por AABB Betim, time do IFMG Ouro Preto e Galáticas/UFC. Apesar da curta carreira, foi campeã e fala com propriedade sobre lances, jogadas e certo e errado na partida. Compartilham dos mesmos amores: pelas quatro linhas, pelo esporte e principalmente um pelo outro.
Acredito eu, que a cumplicidade e amizade construídas ao longo das diversas vitórias e derrotas dos jogos e da vida, fazem com que as pessoas queiram ficar perto dessa dupla. Gente do bem, faz bem. Olha eles aqui no Real Esporte Clube também.
Por fim, agradeço pela disponibilidade em acordar cedo num sábado de folga para me contarem as histórias. Obrigada dupla por toparem (mais essa) ideia da repórter. Eu sabia que vocês tinham algo especial e agora, tive certeza. Ao infinito e além, meus amigos! A entrevista aconteceu no campo do Olimpic, agradeço a Natália por permitir a utilização do espaço. Até a próxima!
Por Hellen Perucci
É ela. Esse foi o único pensamento do Jefin quando viu Mariana passando pela rua após uma partida de futebol, em que ela havia disputado, “ela passou na rua de tiara, saindo de uma partida… quando vi que ela ainda jogava, ai não teve jeito”, ele conta com brilhos nos olhos. Ele demonstrou com convicção que queria chamar a atenção dela — um psiu!, e ao sair para vê-la, com intenção verificar se ela havia olhado ou correspondido, Mariana havia entrado pela rua e não seguido reto, conforme o roteiro do nosso amigo.
Mas a Mariana viu e ouviu. Ao chegar na casa da sua família, “sabe quem mexeu comigo? O Jefin, jogador”. Uma pausa: caro leitor e ouvinte, se você não gosta muito de futebol e esportes das quatro linhas, talvez você não entenda o impacto, mas tento explicar. Sabe quando você gosta de algo extremamente específico? Uma banda com 200 ouvintes mensais no Spotify ou uma combinação estranha de alimentos? Daí faz um comentário com alguém e a outra pessoa diz que compartilha daqueles gostos e você diz “ pensava ser só eu”… Exatamente essa a sensação. É o princípio da compatibilidade.
Não sei se o leitor e ouvinte acredita em destino, mas algo muito forte proporcionou o encontro destes dois apaixonados pelo futebol, e há cerca de 3 anos e meio, um pelo outro. Sempre moraram próximos e parece que desde sempre sabiam estarem predestinados a estarem juntos. Ela disse “nunca imaginei que ficaríamos juntos”, e ele, “sempre soube''. Mariana, você também sabia, não sabia que sabia, mas sabia (gasto aqui a ficha da informalidade).
Por vezes a entrevista ficava em silêncio, mas não porque o assunto acabava, muito pelo contrário, era justamente porque eles se olhavam e sorriam. Sorriam leve, se olhavam com brilho, lembravam em sintonia de tudo que passaram nesse tempo, ali também tinha história, e muita. E rapidamente, uma história surgiu, um sorriso, um momento em que a parceria e cumplicidade sobressaíram. Não adianta, são eles.
Foi em Antônio Pereira em que as certezas foram sentidas. Sem avisar, Mariana pegou o ônibus com sua prima, e foi assistir a Copa Gigantex de futsal, mas apesar de ser uma fã do esporte ela não queria observar as partidas, queria ver um jogador específico, que começa com a letra J e tem o apelido no diminutivo. “Eu passei a mão no cabelo dela, não demonstrei nada (nem um pouquinho, sabemos), mas quando fiz um gol, dediquei um coração para ela”. Aplique aqui o princípio da compatibilidade de novo, leitor. Imagina o que é receber um gol? Isso aí! Acredito que deu para entender o que foi esse momento, né? O fã de esportes já pegou no ar.
Desde então, Mariana nunca mais saiu das arquibancadas. E é a última pessoa com a qual Jefin se encontra antes de entrar em campo, e a primeira que ele procura quando o árbitro apita o final de uma partida. Durante os gols e lances importantes, ele também a procura: “ela é minha maior motivação”, ele diz. “Eu grito, incentivo, fico mais ansiosa que ele. Quando perde, eu fico mais chateada. É o inverso, ele me consola, quando não vou aos jogos, ele tem que me ligar de vídeo senão eu fico com raiva”.
E a presença de Mariana é bastante requisitada nas partidas. Seu parceiro a chama de “amuleto da sorte”, “ela já levantou mais taças que muito jogador antigo por aí”, mas ele complementa “mas quem levantou a maior delas e marcou o gol mais bonito fui eu: ela”.
Quando ela pode ir aos jogos, os demais jogadores, e amigos do casal, se mobilizam e sempre surge uma vaguinha em algum carro, porque não é segredo para ninguém, eles chamam títulos. Toda taça que ele levanta, e não são poucas, com os mais diversos clubes, ela também levanta porque é uma conquista dos dois. O amor parte do alambrado, e vai pro campo, quadra, society e se transformam em gols e alegria (Bendita a hora que ela passou naquela rua! Os dirigentes, técnicos e companheiros de clube, que o digam, hein!?)!
“Assim… O futebol é a base do nosso relacionamento”, “muitos amigos dele dizem que nosso relacionamento é uma meta para eles, muita gente diz”, em seguida, me mostram uma foto de um campeonato que aconteceu na Arena Mariana, na imagem, os dois seguram taças: ele vice, ela campeã. Mas como um bom time entrosado, levantaram taças e ficaram felizes um pelo outro. Devido à pandemia, a xará da Primaz de Minas, parou de praticar o esporte de contato em proteção a sua família, mas usa seus conhecimentos para que seu companheiro brilhe ainda mais na jornada. Olhares fofos acontecem.
Pelo Penarol, no Festival Craques da Bola Kaiser, essa parceria, cumplicidade e sorte foi capturada por um dos fotógrafos. "Todos os gols eu dedico para ela, e sempre procuro por ela nos finais da partida".
E durante esse ritual, quando o juiz encerrou a partida dando o troféu ao Penarol, Jefin, autor de um dos gols, correu até a arquibancada como faz durante esses 3 anos e meio (e fará para sempre), e deu um beijo na sua amada. Instantaneamente: clique. Para o fotógrafo, uma captura. Mas para quem os conhece, sabe que foi um registro sincero e leve de uma parceria que passa pela amizade, chega no amor e transborda pelos amigos, famílias e até por quem nunca conversou com os dois
(E é real, a arquibancada estava lotada, a tradicional torcida amarela e preta tomava o campo da Barra e ele a encontrou).
O Jefin já teve passagens por clubes de Itabirito, Barão de Cocais e da região como CTX, Tsunami, Penarol, Os Largados, Primaz e incontáveis outros clubes. Já presenciou arquibancadas lotadas, foi ovacionado, ganhou até placa. Mas nada disso importa se a torcedora 01 não estiver lá, gritando mais que todo mundo ou sendo o ponto de referência para onde ele deve olhar quando um lance dá certo ou não. Ou quando é tomado pela vergonha durante uma entrevista. A dor de uma lesão, fica leve quando para ajudar o time ele entrou e ela gritava “vai, vai, você consegue”, ele fez gol. Ela está feliz.
E Mariana, teve passagens por AABB Betim, time do IFMG Ouro Preto e Galáticas/UFC. Apesar da curta carreira, foi campeã e fala com propriedade sobre lances, jogadas e certo e errado na partida. Compartilham dos mesmos amores: pelas quatro linhas, pelo esporte e principalmente um pelo outro.
Acredito eu, que a cumplicidade e amizade construídas ao longo das diversas vitórias e derrotas dos jogos e da vida, fazem com que as pessoas queiram ficar perto dessa dupla. Gente do bem, faz bem. Olha eles aqui no Real Esporte Clube também.
Por fim, agradeço pela disponibilidade em acordar cedo num sábado de folga para me contarem as histórias. Obrigada dupla por toparem (mais essa) ideia da repórter. Eu sabia que vocês tinham algo especial e agora, tive certeza. Ao infinito e além, meus amigos! A entrevista aconteceu no campo do Olimpic, agradeço a Natália por permitir a utilização do espaço. Até a próxima!