Por Hellen Perucci
O projeto “Dignidade para elas” das estudantes Alice de Magalhães Pedroza, Camila dos Santos Ferreira, Cecilia Giacomini Costa e Vitória Cristina do Amarante, alunas do IFMG - Campus Ouro Preto, se atenta a pobreza menstrual, que significa a falta de condições de realização da higiene menstrual de forma adequada por falta de condições econômicas ou de saneamento básico.
A ideia é desenvolver um protótipo de absorvente ecológico composto por algodão orgânico, celulose e bioplástico biodegradável a ser distribuído gratuitamente para as mulheres em situação de vulnerabilidade na cidade de Ouro Preto. De acordo com o UNICEF, 713 mil brasileiras vivem sem banheiro ou chuveiro em casa. E, segundo um levantamento da marca Sempre Livre, 22% das meninas de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a produtos de higiene no período menstrual, e em adolescentes entre 15 e 17 anos, o número sobe para 26% .
A proposta das adolescentes chamou a atenção do programa Power4Girls, ação promovida pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, em parceria com o Instituto Glória, que visa inserir as mulheres no universo da ciência. A Professora de Língua Portuguesa e orientadora das alunas,Érica Aniceto, definiu o sentimento de ver suas orientadas se destacando num projeto tão importante:
“Nosso objetivo é empoderar essas mulheres para que elas tenham condições de lutar por melhorias, não só na região, como na vida delas, de lutar pela dignidade. Ser professora e orientadora dessas meninas, para mim, é motivo de orgulho! É uma grande honra! São meninas muito inteligentes, que batalham, correm atrás, tem uma consciência não só ambiental, mas social muito grande! São meninas que realmente fazem a diferença e com certeza farão no Brasil. Então, pra mim, é um orgulho enorme estar junto com elas e estar tendo oportunidade de orientá-las. É um privilégio e tanto”, declarou.
Cecilia Giacomin Costa, integrante da equipe Ouro-Pretana “Por elas”, destacou que o ensino remoto não foi um empecilho para a concretização do projeto:
“Mesmo com o ensino remoto, conseguimos estreitar laços e acabamos nos conhecendo. Somos amigas que se interessam por coisas parecidas e com uma empolgação mútua para projetos de inovação. Assim que tivemos nosso primeiro contato com o Power4Girls, foi possível entender que eles queriam passar algo: não estavam em busca apenas de ideias, mas de inovações e pessoas que as carregassem. Sabíamos que o melhor seria desenvolvido em nosso conjunto. Sabíamos que juntas conseguíamos pensar em algo. Já na leitura do edital, eu tivemos nosso primeiro pensamento: Pobreza menstrual. Assim fomos elaborando o projeto que queríamos. Fomos nos questionando, questionando o nosso sistema e nossa sociedade. Por que o item básico e necessário é acessível apenas para uma parte da população? Por que não conseguimos falar sobre isso? Por que menstruação ainda é um tabu? Por que um absorvente precisa fazer mal ao corpo ou ao meio ambiente? Foi isso que nos perguntamos e é isso que queremos resolver. É um projeto feito por elas e para elas”, concluiu.
O programa oferecerá as estudantes selecionadas treinamentos, oficinas, atividades, palestras para aperfeiçoamento das habilidades criativas, empreendedoras e de responsabilidade social. Outras 19 equipes foram selecionadas de toda a rede de Institutos Federais do Brasil.
Por Hellen Perucci
O projeto “Dignidade para elas” das estudantes Alice de Magalhães Pedroza, Camila dos Santos Ferreira, Cecilia Giacomini Costa e Vitória Cristina do Amarante, alunas do IFMG - Campus Ouro Preto, se atenta a pobreza menstrual, que significa a falta de condições de realização da higiene menstrual de forma adequada por falta de condições econômicas ou de saneamento básico.
A ideia é desenvolver um protótipo de absorvente ecológico composto por algodão orgânico, celulose e bioplástico biodegradável a ser distribuído gratuitamente para as mulheres em situação de vulnerabilidade na cidade de Ouro Preto. De acordo com o UNICEF, 713 mil brasileiras vivem sem banheiro ou chuveiro em casa. E, segundo um levantamento da marca Sempre Livre, 22% das meninas de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a produtos de higiene no período menstrual, e em adolescentes entre 15 e 17 anos, o número sobe para 26% .
A proposta das adolescentes chamou a atenção do programa Power4Girls, ação promovida pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, em parceria com o Instituto Glória, que visa inserir as mulheres no universo da ciência. A Professora de Língua Portuguesa e orientadora das alunas,Érica Aniceto, definiu o sentimento de ver suas orientadas se destacando num projeto tão importante:
“Nosso objetivo é empoderar essas mulheres para que elas tenham condições de lutar por melhorias, não só na região, como na vida delas, de lutar pela dignidade. Ser professora e orientadora dessas meninas, para mim, é motivo de orgulho! É uma grande honra! São meninas muito inteligentes, que batalham, correm atrás, tem uma consciência não só ambiental, mas social muito grande! São meninas que realmente fazem a diferença e com certeza farão no Brasil. Então, pra mim, é um orgulho enorme estar junto com elas e estar tendo oportunidade de orientá-las. É um privilégio e tanto”, declarou.
Cecilia Giacomin Costa, integrante da equipe Ouro-Pretana “Por elas”, destacou que o ensino remoto não foi um empecilho para a concretização do projeto:
“Mesmo com o ensino remoto, conseguimos estreitar laços e acabamos nos conhecendo. Somos amigas que se interessam por coisas parecidas e com uma empolgação mútua para projetos de inovação. Assim que tivemos nosso primeiro contato com o Power4Girls, foi possível entender que eles queriam passar algo: não estavam em busca apenas de ideias, mas de inovações e pessoas que as carregassem. Sabíamos que o melhor seria desenvolvido em nosso conjunto. Sabíamos que juntas conseguíamos pensar em algo. Já na leitura do edital, eu tivemos nosso primeiro pensamento: Pobreza menstrual. Assim fomos elaborando o projeto que queríamos. Fomos nos questionando, questionando o nosso sistema e nossa sociedade. Por que o item básico e necessário é acessível apenas para uma parte da população? Por que não conseguimos falar sobre isso? Por que menstruação ainda é um tabu? Por que um absorvente precisa fazer mal ao corpo ou ao meio ambiente? Foi isso que nos perguntamos e é isso que queremos resolver. É um projeto feito por elas e para elas”, concluiu.
O programa oferecerá as estudantes selecionadas treinamentos, oficinas, atividades, palestras para aperfeiçoamento das habilidades criativas, empreendedoras e de responsabilidade social. Outras 19 equipes foram selecionadas de toda a rede de Institutos Federais do Brasil.