"Ótimas composições com o lendário requinte harmônico de Minas. É um deleite escutar solos de grande eloquência", afirma Ed Motta sobre o disco "Outras Esqueinas", do baixista Áureo Lopes, que estreia como compositor e arranjador de temas instrumentais. O álbum, que vai ser será disponibilizado nas plataformas digitais no dia 9 de abril, comprova a maturidade do músico e realça a afamada qualidade da música produzida em Minas Gerais. Acompanhado por um time de nomes reconhecidos, Áureo mostra nas nove faixas do disco notável habilidade na criação de melodias e harmonias e elegância na interação com os outros instrumentistas - no modo - discreto de atuar como baixista e bandleader. O baixo em "Outras Esquinas" não é predominante, mas equivalente aos outros instrumentos.
"Eu quis fazer um disco de compositor e não um disco 'de baixista'. Quem ouvir "Outras Esquinas" vai perceber que não tem nenhum baixo em primeiro plano, ofuscando os outros instrumentos", explica Áureo. O músico conta que neste trabalho quis privilegiar as composições, os arranjos e as sonoridades que o grupo produziria. O núcleo de "Outras esquinas" foi formado pelos músicos Gustavo Figueiredo (piano, teclado e colaboração nos arranjos), Lincoln Cheib (bateria), Amauri Ângelo (violão de nylon e guitarra), além de Áureo Lopes no baixo e vocal. O álbum contou ainda com as participações do cantor Tadeu Franco (em "Chão de Minas"), da cantora Camilla Leonel ("Marítimo"), do saxofonista (e letrista do Skank) Chico Amaral (na faixa "77") e do percussionista Bill Lucas ("Guima", uma homenagem a Renato Guima, do grupo Lombinho Com Cachaça, e "Jobi").
As faixas de "Outras Esquinas" somam gêneros variados, como a bossa nova, o jazz soul e a música mineira, ao mesmo tempo em que recriam a sonoridade da música instrumental do final dos anos 1960 e início dos 70, através, entre outros recursos, do uso do icônico piano elétrico Fender Rhodes (Áureo, a propósito, usa um baixo Fender Precision, de 1969, favorito dos músicos de soul daquele período). "Uma das minhas intenções neste trabalho foi buscar recriar a sonoridade daquela época, que eu gosto muito e estudei recentemente". Entre seus baixistas favoritos e que de alguma forma contribuíram na sua formação, ele cita Jaco Pastorius (Weather Report, Pat Metheny Group), James Jamerson (que gravou com a maioria dos artistas da Motown) e os brasileiros Arthur Maia, Nico Assumpção, Jamil Joanes e Paulo César Barros.
O requinte melódico de "Outras Esquinas" não encobre o trabalho realizado com o ritmo e o balanço, que atravessam todas as faixas. "O swing está no nosso DNA", observa o músico.
Na composição, Áureo trabalha de duas formas, às vezes com o violão, outras com o baixo. "Algumas delas, como "Chão de Minas" e "Casa Branca ``, eu fiz no violão, desenvolvendo harmonia e temas; outras, como "R2D2" e "77" surgiram primeiro como linhas de baixo, com a melodia sendo feitas depois", conta ele.
"Outras Esquinas" foi concebido e realizado em três meses, um pouco como consequência da pandemia do novo coronavírus. Por força da pandemia me isolei em casa. Aí voltei a estudar baixo – até oito horas por dia. Com o lançamento do edital da Lei Aldir Blanc resolvi fazer este álbum, que acabou influenciado pelo tipo de música a que eu estava me dedicando no momento", explica.
A empreitada acabou resultando num trabalho bem diferente do que havia feito até então, como a participação na banda Moog Magoo, no final dos anos 1990, o lançamento de um EP com canções pop e a experiência acompanhando outros artistas. "Foi um amadurecimento musical. Eu tenho essa característica, estou sempre ouvindo coisas novas, pesquisando, estudando", conta.
O músico, entretanto, afirma: "continuo gostando do pop, mas consigo separar as coisas, posso fazer um disco pop de canções e outro puramente instrumental". Meu paladar musical é muito amplo, inclui Victor Assis Brasil, os Tincoãs, Luis Alberto Spinetta, Márcio Montarroyos, Beatles e José Feliciano".
Nascido em Itabirito, Áureo Lopes se iniciou na música aprendendo a tocar baixo, que se tornaria seu principal instrumento de atuação nos palcos e em gravações. "Em minha casa tinha um violão velho, com quatro cordas apenas – sol, ré, lá e mi -, a configuração do baixo. Então pedi a um amigo que me ensinasse a tocar como se o violão fosse um baixo", relembra. A primeira lição foi uma canção da Legião Urbana. Logo depois adquiriu um baixo 'verdadeiro'. Suas primeiras influências foram baixistas do pop rock brasileiro, principalmente Liminha, Arnaldo Brandão e Leoni (Kid Abelha, Heróis da Resistência), com quem chegou a tocar. Mais tarde, buscando aprofundar seus conhecimentos e aprimorar sua técnica, passou a ouvir renomados instrumentistas brasileiros e mestres do jazz, como Arthur Maia, Nico Assumpção, Jaco Pastorius, Miles Davis e John Coltrane.
Áureo é músico profissional desde 1997. Em 1999/2000 gravou o disco da banda Moog Magoo, no qual foi o principal compositor. Em junho de 2000 começou como professor de contrabaixo na escola Pró Music, função que exerceu até dezembro de 2004. Áureo tocou e gravou com vários artistas mineiros e brasileiros, entre os quais, Leoni, Laudares, Valéria Braga, Patrícia Ahmaral, Anna Ly, Milla Conde, Mr. Jones, Moog Magoo, Felipe Sabbá, Sofia Laura, Mariana Belém (Fama TV Globo), Angela Evans, Aura Sexy, Ricardo Koctus (Pato Fu), Tino Gomes, Rogério Delayon Trio, César Santos, Gláucia Coutinho, Mark Lambert e Remix 80 entre outros.
"Ótimas composições com o lendário requinte harmônico de Minas. É um deleite escutar solos de grande eloquência", afirma Ed Motta sobre o disco "Outras Esqueinas", do baixista Áureo Lopes, que estreia como compositor e arranjador de temas instrumentais. O álbum, que vai ser será disponibilizado nas plataformas digitais no dia 9 de abril, comprova a maturidade do músico e realça a afamada qualidade da música produzida em Minas Gerais. Acompanhado por um time de nomes reconhecidos, Áureo mostra nas nove faixas do disco notável habilidade na criação de melodias e harmonias e elegância na interação com os outros instrumentistas - no modo - discreto de atuar como baixista e bandleader. O baixo em "Outras Esquinas" não é predominante, mas equivalente aos outros instrumentos.
"Eu quis fazer um disco de compositor e não um disco 'de baixista'. Quem ouvir "Outras Esquinas" vai perceber que não tem nenhum baixo em primeiro plano, ofuscando os outros instrumentos", explica Áureo. O músico conta que neste trabalho quis privilegiar as composições, os arranjos e as sonoridades que o grupo produziria. O núcleo de "Outras esquinas" foi formado pelos músicos Gustavo Figueiredo (piano, teclado e colaboração nos arranjos), Lincoln Cheib (bateria), Amauri Ângelo (violão de nylon e guitarra), além de Áureo Lopes no baixo e vocal. O álbum contou ainda com as participações do cantor Tadeu Franco (em "Chão de Minas"), da cantora Camilla Leonel ("Marítimo"), do saxofonista (e letrista do Skank) Chico Amaral (na faixa "77") e do percussionista Bill Lucas ("Guima", uma homenagem a Renato Guima, do grupo Lombinho Com Cachaça, e "Jobi").
As faixas de "Outras Esquinas" somam gêneros variados, como a bossa nova, o jazz soul e a música mineira, ao mesmo tempo em que recriam a sonoridade da música instrumental do final dos anos 1960 e início dos 70, através, entre outros recursos, do uso do icônico piano elétrico Fender Rhodes (Áureo, a propósito, usa um baixo Fender Precision, de 1969, favorito dos músicos de soul daquele período). "Uma das minhas intenções neste trabalho foi buscar recriar a sonoridade daquela época, que eu gosto muito e estudei recentemente". Entre seus baixistas favoritos e que de alguma forma contribuíram na sua formação, ele cita Jaco Pastorius (Weather Report, Pat Metheny Group), James Jamerson (que gravou com a maioria dos artistas da Motown) e os brasileiros Arthur Maia, Nico Assumpção, Jamil Joanes e Paulo César Barros.
O requinte melódico de "Outras Esquinas" não encobre o trabalho realizado com o ritmo e o balanço, que atravessam todas as faixas. "O swing está no nosso DNA", observa o músico.
Na composição, Áureo trabalha de duas formas, às vezes com o violão, outras com o baixo. "Algumas delas, como "Chão de Minas" e "Casa Branca ``, eu fiz no violão, desenvolvendo harmonia e temas; outras, como "R2D2" e "77" surgiram primeiro como linhas de baixo, com a melodia sendo feitas depois", conta ele.
"Outras Esquinas" foi concebido e realizado em três meses, um pouco como consequência da pandemia do novo coronavírus. Por força da pandemia me isolei em casa. Aí voltei a estudar baixo – até oito horas por dia. Com o lançamento do edital da Lei Aldir Blanc resolvi fazer este álbum, que acabou influenciado pelo tipo de música a que eu estava me dedicando no momento", explica.
A empreitada acabou resultando num trabalho bem diferente do que havia feito até então, como a participação na banda Moog Magoo, no final dos anos 1990, o lançamento de um EP com canções pop e a experiência acompanhando outros artistas. "Foi um amadurecimento musical. Eu tenho essa característica, estou sempre ouvindo coisas novas, pesquisando, estudando", conta.
O músico, entretanto, afirma: "continuo gostando do pop, mas consigo separar as coisas, posso fazer um disco pop de canções e outro puramente instrumental". Meu paladar musical é muito amplo, inclui Victor Assis Brasil, os Tincoãs, Luis Alberto Spinetta, Márcio Montarroyos, Beatles e José Feliciano".
Nascido em Itabirito, Áureo Lopes se iniciou na música aprendendo a tocar baixo, que se tornaria seu principal instrumento de atuação nos palcos e em gravações. "Em minha casa tinha um violão velho, com quatro cordas apenas – sol, ré, lá e mi -, a configuração do baixo. Então pedi a um amigo que me ensinasse a tocar como se o violão fosse um baixo", relembra. A primeira lição foi uma canção da Legião Urbana. Logo depois adquiriu um baixo 'verdadeiro'. Suas primeiras influências foram baixistas do pop rock brasileiro, principalmente Liminha, Arnaldo Brandão e Leoni (Kid Abelha, Heróis da Resistência), com quem chegou a tocar. Mais tarde, buscando aprofundar seus conhecimentos e aprimorar sua técnica, passou a ouvir renomados instrumentistas brasileiros e mestres do jazz, como Arthur Maia, Nico Assumpção, Jaco Pastorius, Miles Davis e John Coltrane.
Áureo é músico profissional desde 1997. Em 1999/2000 gravou o disco da banda Moog Magoo, no qual foi o principal compositor. Em junho de 2000 começou como professor de contrabaixo na escola Pró Music, função que exerceu até dezembro de 2004. Áureo tocou e gravou com vários artistas mineiros e brasileiros, entre os quais, Leoni, Laudares, Valéria Braga, Patrícia Ahmaral, Anna Ly, Milla Conde, Mr. Jones, Moog Magoo, Felipe Sabbá, Sofia Laura, Mariana Belém (Fama TV Globo), Angela Evans, Aura Sexy, Ricardo Koctus (Pato Fu), Tino Gomes, Rogério Delayon Trio, César Santos, Gláucia Coutinho, Mark Lambert e Remix 80 entre outros.