Por Sandro Andrade
Nada como uma guerra regida pela Rússia para voltarmos a ver um exercito de intelectuais e viúvas da ditadura soviética revisitarem a sua fase de juventude mental com seus pensamentos romantizados sobre a "grande mãe Rússia".
Acompanham o desastre da guerra na Ucrânia, nas portas da Europa Ocidental, como se assistissem a ressurreição da URSS em seu centenário de formação.
Não causa espanto que estes mesmos intelectuais defendam sistematicamente regimes governados por Nicolás Maduro, Daniel Ortega, Bashar Al Assad e Miguel Diaz Canel (líderes respectivamente de Venezuela, Nicarágua, Síria e Cuba).
São regimes que sempre estiveram a disposiçao da extinta URSS, agora tentando ser novamente "recriada" pelo czarista Vladimir Putin. Não esqueçamos da nota do PT no Senado divulgada neste dia 24 em solidariedade a Rússia.
Na outra frente, figuras como Trump, Bolsonaro e Putin, com ideias isolacionistas e nacionalistas sempre foram acordes na perspectiva de atacar organismos multilaterais como ONU, União Europeia e OTAN.
Neste baralho de cartas, uma esquerda que ainda nao esqueceu a cortina de ferro anda de mãos dadas com os autocratas reacionários do século XXI. Nao à toa, Trump elogiava as ações de Putin no tabuleiro da guerra contra a Ucrânia horas antes da invasão ser iniciada.
Em seu governo,Trump cortou investimentos da OTAN, criticou diuturnamente a UE, e viveu em baixo da saia de Putin. Tinha um projeto que em janeiro de 2021 ficou bem claro com a invasão do Capitólio.
Bolsonaro, fã de autocratas, tentou impor seu projeto de mini-ditador, mas encontrou restrições nas instituições do Brasil, apesar de alguns de seus ferrenhos seguidores ainda viverem a rasgar elogios a ditadura militar brasileira.
Em suma, assistimos a um episodio que nao possui paralelos as guerra iraquiana, afegã, líbia ou síria. O teatro de sombras se dá próximo ao coração da Europa, e tem seu início com reivindicações de um autocrata sobre território de nação soberana, dizendo que estás a fazer tal ação para proteger seus cidadãos fora do país.
Alguém ainda se lembra da Tchecoslovaquia de 1939, e como começou a entrada da Alemanha hitlerista nestas regiões, com a reivindicação de anexar territorios para a proteção de seus cidadãos e qual foi o resultado disso tudo? Hitler anexou a nação inteira e deu mais um passo rumo a Polônia, por coincidência nação vizinha da Ucrânia.
Os próximos capítulos desta guerra ainda poderão guardar efeitos devastadores a curto e médio prazo...
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião da Rádio Real
Por Sandro Andrade
Nada como uma guerra regida pela Rússia para voltarmos a ver um exercito de intelectuais e viúvas da ditadura soviética revisitarem a sua fase de juventude mental com seus pensamentos romantizados sobre a "grande mãe Rússia".
Acompanham o desastre da guerra na Ucrânia, nas portas da Europa Ocidental, como se assistissem a ressurreição da URSS em seu centenário de formação.
Não causa espanto que estes mesmos intelectuais defendam sistematicamente regimes governados por Nicolás Maduro, Daniel Ortega, Bashar Al Assad e Miguel Diaz Canel (líderes respectivamente de Venezuela, Nicarágua, Síria e Cuba).
São regimes que sempre estiveram a disposiçao da extinta URSS, agora tentando ser novamente "recriada" pelo czarista Vladimir Putin. Não esqueçamos da nota do PT no Senado divulgada neste dia 24 em solidariedade a Rússia.
Na outra frente, figuras como Trump, Bolsonaro e Putin, com ideias isolacionistas e nacionalistas sempre foram acordes na perspectiva de atacar organismos multilaterais como ONU, União Europeia e OTAN.
Neste baralho de cartas, uma esquerda que ainda nao esqueceu a cortina de ferro anda de mãos dadas com os autocratas reacionários do século XXI. Nao à toa, Trump elogiava as ações de Putin no tabuleiro da guerra contra a Ucrânia horas antes da invasão ser iniciada.
Em seu governo,Trump cortou investimentos da OTAN, criticou diuturnamente a UE, e viveu em baixo da saia de Putin. Tinha um projeto que em janeiro de 2021 ficou bem claro com a invasão do Capitólio.
Bolsonaro, fã de autocratas, tentou impor seu projeto de mini-ditador, mas encontrou restrições nas instituições do Brasil, apesar de alguns de seus ferrenhos seguidores ainda viverem a rasgar elogios a ditadura militar brasileira.
Em suma, assistimos a um episodio que nao possui paralelos as guerra iraquiana, afegã, líbia ou síria. O teatro de sombras se dá próximo ao coração da Europa, e tem seu início com reivindicações de um autocrata sobre território de nação soberana, dizendo que estás a fazer tal ação para proteger seus cidadãos fora do país.
Alguém ainda se lembra da Tchecoslovaquia de 1939, e como começou a entrada da Alemanha hitlerista nestas regiões, com a reivindicação de anexar territorios para a proteção de seus cidadãos e qual foi o resultado disso tudo? Hitler anexou a nação inteira e deu mais um passo rumo a Polônia, por coincidência nação vizinha da Ucrânia.
Os próximos capítulos desta guerra ainda poderão guardar efeitos devastadores a curto e médio prazo...
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião da Rádio Real