Por Samuel de Almeida
Está aberta a consulta pública para a concessão do Parque Estadual do Itacolomi, localizado nas cidades históricas de Ouro Preto e Mariana. Esta medida é de responsabilidade do governo de Minas Gerais, que atua por meio do Instituto Estadual de Florestas, o IEF.
Até o dia 14 de fevereiro, a população poderá se manifestar sobre o processo através de um formulário eletrônico ou audiências públicas previstas para o início do próximo mês.
Além do Itacolomi, o Parque Estadual do Ibitipoca, localizado no sul do estado, também está incluído neste primeiro lote de concessão.
O Programa de Concessão dos Parques Estaduais foi criado em abril de 2019. Seu objetivo visa desenvolver e implantar modelos de parcerias e concessões ambientais. Assim, podem aprimorar e diversificar os serviços turísticos ofertados nas Unidades de Conservação estaduais.
A expectativa é que 20 parques estaduais de Minas Gerais sejam concedidos até março de 2023.
A Rádio Real conversou com a gestora do Parque do Itacolomi, Lúcia Cristo, para entender mais sobre este processo de concessão.
“Primeira coisa, eu gostaria de diferenciar ‘privatizar’ de ‘concessão’. São duas coisas completamente diferentes que é bom destacar. As pessoas confundem muito, dizem que o parque tá sendo privatizado. A privatização é quando você passa a propriedade para a iniciativa privada. No caso da concessão, não. O parque continua sendo do IEF e só cede a parte de serviços e por um período. Vamos supor, 20 anos, 30 anos, aquela empresa fica ali gerindo toda a parte de uso público”.
O espaço público do Itacolomi corresponde a uma área de 5% dos quase 6 mil hectares de área que o parque possui no total. É justamente a parte em que ficam os atrativos, como a Casa Bandeirista e o Museu do Chá. Espera-se, por exemplo, melhorarias nas estradas, a criação de serviços de alimentos, entre outras medidas.
Além de melhoras na infraestrutura, Lúcia destaca outros aspectos positivos, como a contratação de mão de obra local e movimentação para o comércio. Com a concessão, ela também diz que poderão focar mais nas questões ambientais do parque, aspecto que acaba ficando em segundo plano por terem que dedicar também aos serviços oferecidos ao público.
“Quando a concessão chegar, nós vamos ter todo o tempo do mundo para estar olhando toda a área do parque, que infelizmente a gente tem muita caça de animal, extração de candeia, invasões, que agente precisa ficar sempre monitorando... A gente faz isso, mas a gente vai poder se dedicar mais, criar um programa de operação de área. Você vê que o Itacolomi tem muito incêndio, então vamos reforçar essa parte de fazer replantio nessas áreas. Então, ambientalmente vai ser um ganho muito grande. E todo foco vai ser voltado para esse tipo de ação, então vamos ganhar muito nesse aspecto.”
Reforçando, a consulta pública estará aberta até o dia 14 de fevereiro. Mais informações podem ser encontradas no www.ief.mg.gov.br
Por Samuel de Almeida
Está aberta a consulta pública para a concessão do Parque Estadual do Itacolomi, localizado nas cidades históricas de Ouro Preto e Mariana. Esta medida é de responsabilidade do governo de Minas Gerais, que atua por meio do Instituto Estadual de Florestas, o IEF.
Até o dia 14 de fevereiro, a população poderá se manifestar sobre o processo através de um formulário eletrônico ou audiências públicas previstas para o início do próximo mês.
Além do Itacolomi, o Parque Estadual do Ibitipoca, localizado no sul do estado, também está incluído neste primeiro lote de concessão.
O Programa de Concessão dos Parques Estaduais foi criado em abril de 2019. Seu objetivo visa desenvolver e implantar modelos de parcerias e concessões ambientais. Assim, podem aprimorar e diversificar os serviços turísticos ofertados nas Unidades de Conservação estaduais.
A expectativa é que 20 parques estaduais de Minas Gerais sejam concedidos até março de 2023.
A Rádio Real conversou com a gestora do Parque do Itacolomi, Lúcia Cristo, para entender mais sobre este processo de concessão.
“Primeira coisa, eu gostaria de diferenciar ‘privatizar’ de ‘concessão’. São duas coisas completamente diferentes que é bom destacar. As pessoas confundem muito, dizem que o parque tá sendo privatizado. A privatização é quando você passa a propriedade para a iniciativa privada. No caso da concessão, não. O parque continua sendo do IEF e só cede a parte de serviços e por um período. Vamos supor, 20 anos, 30 anos, aquela empresa fica ali gerindo toda a parte de uso público”.
O espaço público do Itacolomi corresponde a uma área de 5% dos quase 6 mil hectares de área que o parque possui no total. É justamente a parte em que ficam os atrativos, como a Casa Bandeirista e o Museu do Chá. Espera-se, por exemplo, melhorarias nas estradas, a criação de serviços de alimentos, entre outras medidas.
Além de melhoras na infraestrutura, Lúcia destaca outros aspectos positivos, como a contratação de mão de obra local e movimentação para o comércio. Com a concessão, ela também diz que poderão focar mais nas questões ambientais do parque, aspecto que acaba ficando em segundo plano por terem que dedicar também aos serviços oferecidos ao público.
“Quando a concessão chegar, nós vamos ter todo o tempo do mundo para estar olhando toda a área do parque, que infelizmente a gente tem muita caça de animal, extração de candeia, invasões, que agente precisa ficar sempre monitorando... A gente faz isso, mas a gente vai poder se dedicar mais, criar um programa de operação de área. Você vê que o Itacolomi tem muito incêndio, então vamos reforçar essa parte de fazer replantio nessas áreas. Então, ambientalmente vai ser um ganho muito grande. E todo foco vai ser voltado para esse tipo de ação, então vamos ganhar muito nesse aspecto.”
Reforçando, a consulta pública estará aberta até o dia 14 de fevereiro. Mais informações podem ser encontradas no www.ief.mg.gov.br