Por Samuel de Almeida
Ouro Preto já está com 90% das casas hidrometradas. Pelo menos é o que diz Cléber Salvi, representante da Saneouro, que concedeu uma entrevista para a Rádio Real na última semana. Ele explicou que cometeu um equívoco com os números durante uma reunião da Câmara Municipal realizada no dia 25 de novembro. Naquela ocasião, Cléber afirmou que haviam cerca de 12 mil hidrômetros instalados de 18 mil possíveis, o que representava 66%.
“Infelizmente troquei os números na hora da fala. Mas, assim, oficialmente nós temos 18.200 hidrômetros instalados, numa quantidade total de ligações passíveis de serem instaladas de 20.200. Então, nós atingimos o número de 90%”.
A taxa de 90% significa que a Saneouro agora pode implementar a cobrança de água por consumo, como está previsto no contrato com a prefeitura. Ainda assim, o assunto vem gerando debate. Para Cléber, a reação contrária da população é compreensível.
“Tem sempre a resistência daquelas pessoas que nunca pagaram a água ou praticamente o hidrômetro não funcionava, que é o caso daqui. Uma questão também importante que é a questão cultural, onde a população não tem o hábito de acompanhar seu consumo por um equipamento, que é o hidrômetro. Então nós vemos como uma manifestação até de certa forma natural porque é uma mudança de cultura. E toda mudança de cultura tem seus desafios e que nós entendemos que é o caso aqui em Ouro Preto, partindo de uma tarifa que praticamente não era paga [...] Mas a gente entende. Como falei, é uma ação que tá mexendo com o aspecto cultural da população mas que é necessária pra manter os sistemas e atender a legislação federal que é o cumprimento da universalização dos serviços de água e esgoto”.
Cléber também justificou o valor que será cobrado pela água em Ouro Preto, que vai ser mais cara que outras localidades onde a Saneouro atua. Segundo ele, foi feito um estudo no processo do edital para chegar ao valor tarifário, que representa praticamente a quantidade de investimento necessário no município, uma cifra em torno de R$150 milhões.
Essa quantia será utilizada principalmente no esgoto e na manutenção do serviço. Outros fatores, como o relevo local, encarecem a taxa. Além disso, Cléber afirma que Ouro Preto apresenta uma realidade peculiar:
“Ouro Preto é uma cidade diferente em relação as demais por exemplo que a GS opera. Por exemplo, Araçatuba é uma cidade importante no interior de São Paulo. Porém é uma cidade compacta, tudo tá próximo, diferente daqui, que tem a sede e os demais distritos que nós temos também que atender com o abastecimento de água e o tratamento de esgoto”.
Ainda não há certeza sobre quando a nova fatura de água será implementada. Por determinação da Prefeitura de Ouro Preto, a mudança está temporariamente suspensa até que a Saneouro prove que atingiu o número mínimo de usuários hidrometrados.
Por Samuel de Almeida
Ouro Preto já está com 90% das casas hidrometradas. Pelo menos é o que diz Cléber Salvi, representante da Saneouro, que concedeu uma entrevista para a Rádio Real na última semana. Ele explicou que cometeu um equívoco com os números durante uma reunião da Câmara Municipal realizada no dia 25 de novembro. Naquela ocasião, Cléber afirmou que haviam cerca de 12 mil hidrômetros instalados de 18 mil possíveis, o que representava 66%.
“Infelizmente troquei os números na hora da fala. Mas, assim, oficialmente nós temos 18.200 hidrômetros instalados, numa quantidade total de ligações passíveis de serem instaladas de 20.200. Então, nós atingimos o número de 90%”.
A taxa de 90% significa que a Saneouro agora pode implementar a cobrança de água por consumo, como está previsto no contrato com a prefeitura. Ainda assim, o assunto vem gerando debate. Para Cléber, a reação contrária da população é compreensível.
“Tem sempre a resistência daquelas pessoas que nunca pagaram a água ou praticamente o hidrômetro não funcionava, que é o caso daqui. Uma questão também importante que é a questão cultural, onde a população não tem o hábito de acompanhar seu consumo por um equipamento, que é o hidrômetro. Então nós vemos como uma manifestação até de certa forma natural porque é uma mudança de cultura. E toda mudança de cultura tem seus desafios e que nós entendemos que é o caso aqui em Ouro Preto, partindo de uma tarifa que praticamente não era paga [...] Mas a gente entende. Como falei, é uma ação que tá mexendo com o aspecto cultural da população mas que é necessária pra manter os sistemas e atender a legislação federal que é o cumprimento da universalização dos serviços de água e esgoto”.
Cléber também justificou o valor que será cobrado pela água em Ouro Preto, que vai ser mais cara que outras localidades onde a Saneouro atua. Segundo ele, foi feito um estudo no processo do edital para chegar ao valor tarifário, que representa praticamente a quantidade de investimento necessário no município, uma cifra em torno de R$150 milhões.
Essa quantia será utilizada principalmente no esgoto e na manutenção do serviço. Outros fatores, como o relevo local, encarecem a taxa. Além disso, Cléber afirma que Ouro Preto apresenta uma realidade peculiar:
“Ouro Preto é uma cidade diferente em relação as demais por exemplo que a GS opera. Por exemplo, Araçatuba é uma cidade importante no interior de São Paulo. Porém é uma cidade compacta, tudo tá próximo, diferente daqui, que tem a sede e os demais distritos que nós temos também que atender com o abastecimento de água e o tratamento de esgoto”.
Ainda não há certeza sobre quando a nova fatura de água será implementada. Por determinação da Prefeitura de Ouro Preto, a mudança está temporariamente suspensa até que a Saneouro prove que atingiu o número mínimo de usuários hidrometrados.