Por Samuel de Almeida
O distrito de São Bartolomeu não conseguiu o selo de “Melhores Vilas Turísticas do Mundo”. Essa honraria é concedida pela Organização Mundial do Turismo (OMT), que é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas, a ONU.
A premiação reconhece zonas rurais onde o turismo gera oportunidades de maneira sustentável, preservando tradições e o meio ambiente.
A vila ouro-pretana estava concorrendo junto com outras duas localidades brasileiras: Alberto Moreira, distrito de Barretos, em São Paulo, e Enxaimel, distrito de Pomerode, em Santa Catarina.
Entre os três, apenas a vila catarinense foi premiada. O anúncio foi feito durante uma cerimônia no dia 02 de dezembro, em Madri, na Espanha.
Localizado a 18 quilômetros de Ouro Preto, o povoado surgiu no final do século XVII. São Bartolomeu é um distrito muito conhecido como a terra dos doces artesanais. Inclusive, a tradição dos doces de frutas possui registro como patrimônio imaterial de Ouro Preto, desde 2008.
A vila também possui belezas naturais, festejos tradicionais e a religiosidade é outro traço importante. Em agosto, ocorre a Festa de São Bartolomeu, padroeiro local, e a Festa do Divino Espírito Santo, também registrada como patrimônio imaterial de Ouro Preto, desde 2014.
Para Felipe Guerra, turismólogo e secretário do governo, a presença de São Bartolomeu na disputa pelo título tem uma importância muito grande para o distrito e para os ouropretanos.
“Ser eleito entre as 3 melhores vilas turísticas do mundo é um prêmio muito grande, uma importância muito grande para o distrito e para Ouro Preto. Uma visibilidade internacional que com certeza vai aumentar o fluxo de turistas no distrito de em São Bartolomeu, que é um distrito que já vinha se preparando para a atividade turística. [...] Já tinha um potencial latente e já vinha durante os últimos anos trabalhando para receber melhor e ter uma melhor estrutura para receber turistas.
Com essa premiação, aumenta também a responsabilidade do Poder Público para viabilizar as melhorias necessárias para a comunidade e para os turistas que irão visitar. Então existe uma grande força tarefa coordenada para que sejam feitas melhorias necessárias no distrito para a comunidade e para atender essa demanda de turistas que vai aumentar muito”.
Felipe acrescentou que o setor de turismo já é o que mais emprega trabalhadores em Ouro Preto, mais até que a mineração. E comentou sobre os impactos da pandemia na atividade turística do município:
“A pandemia afetou muito atividade turística. O fluxo de viagens, tanto internacionais quanto em território nacional, foram drasticamente prejudicadas, né? O setor de eventos foi um dos primeiros a parar e com certeza serão os últimos a voltar em sua plenitude. Várias empresas de turismo fecharam, agência de viagens… Enfim, foi uma crise sem precedentes para o setor de turismo. Estudos mostram que quando voltarmos de fato ao normal, o setor de turismo vai demorar cinco anos para estar no patamar que estava antes da pandemia”.
O secretário parabenizou as ações publicitárias para a promoção da cidade na internet durante a fase mais grave da pandemia. Hoje, com a vacinação em alta, Ouro Preto já vem retomando as atividades turísticas de modo consciente.
“Ouro Preto vem tendo já um fluxo turístico interessante. As pessoas estão evitando os grandes centros urbanos, então Ouro Preto sai na frente. Ouro Preto e seus distritos, como Lavras Novas, São Bartolomeu, Santo Antônio do Leite. Nesse novo normal, como motivação de viagem pós pandemia. Ouro Preto também se destaca ao público que ia viajar muito pra Europa e agora nesse turismo interno eles procuram Ouro Preto por uma série de características parecidas, como o barroco, com toda a influência portuguesa em nossa cidade. Esse turismo cultural vem sendo muito aquecido em Ouro Preto com esse viajante que fazia o turismo internacional”.
Por Samuel de Almeida
O distrito de São Bartolomeu não conseguiu o selo de “Melhores Vilas Turísticas do Mundo”. Essa honraria é concedida pela Organização Mundial do Turismo (OMT), que é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas, a ONU.
A premiação reconhece zonas rurais onde o turismo gera oportunidades de maneira sustentável, preservando tradições e o meio ambiente.
A vila ouro-pretana estava concorrendo junto com outras duas localidades brasileiras: Alberto Moreira, distrito de Barretos, em São Paulo, e Enxaimel, distrito de Pomerode, em Santa Catarina.
Entre os três, apenas a vila catarinense foi premiada. O anúncio foi feito durante uma cerimônia no dia 02 de dezembro, em Madri, na Espanha.
Localizado a 18 quilômetros de Ouro Preto, o povoado surgiu no final do século XVII. São Bartolomeu é um distrito muito conhecido como a terra dos doces artesanais. Inclusive, a tradição dos doces de frutas possui registro como patrimônio imaterial de Ouro Preto, desde 2008.
A vila também possui belezas naturais, festejos tradicionais e a religiosidade é outro traço importante. Em agosto, ocorre a Festa de São Bartolomeu, padroeiro local, e a Festa do Divino Espírito Santo, também registrada como patrimônio imaterial de Ouro Preto, desde 2014.
Para Felipe Guerra, turismólogo e secretário do governo, a presença de São Bartolomeu na disputa pelo título tem uma importância muito grande para o distrito e para os ouropretanos.
“Ser eleito entre as 3 melhores vilas turísticas do mundo é um prêmio muito grande, uma importância muito grande para o distrito e para Ouro Preto. Uma visibilidade internacional que com certeza vai aumentar o fluxo de turistas no distrito de em São Bartolomeu, que é um distrito que já vinha se preparando para a atividade turística. [...] Já tinha um potencial latente e já vinha durante os últimos anos trabalhando para receber melhor e ter uma melhor estrutura para receber turistas.
Com essa premiação, aumenta também a responsabilidade do Poder Público para viabilizar as melhorias necessárias para a comunidade e para os turistas que irão visitar. Então existe uma grande força tarefa coordenada para que sejam feitas melhorias necessárias no distrito para a comunidade e para atender essa demanda de turistas que vai aumentar muito”.
Felipe acrescentou que o setor de turismo já é o que mais emprega trabalhadores em Ouro Preto, mais até que a mineração. E comentou sobre os impactos da pandemia na atividade turística do município:
“A pandemia afetou muito atividade turística. O fluxo de viagens, tanto internacionais quanto em território nacional, foram drasticamente prejudicadas, né? O setor de eventos foi um dos primeiros a parar e com certeza serão os últimos a voltar em sua plenitude. Várias empresas de turismo fecharam, agência de viagens… Enfim, foi uma crise sem precedentes para o setor de turismo. Estudos mostram que quando voltarmos de fato ao normal, o setor de turismo vai demorar cinco anos para estar no patamar que estava antes da pandemia”.
O secretário parabenizou as ações publicitárias para a promoção da cidade na internet durante a fase mais grave da pandemia. Hoje, com a vacinação em alta, Ouro Preto já vem retomando as atividades turísticas de modo consciente.
“Ouro Preto vem tendo já um fluxo turístico interessante. As pessoas estão evitando os grandes centros urbanos, então Ouro Preto sai na frente. Ouro Preto e seus distritos, como Lavras Novas, São Bartolomeu, Santo Antônio do Leite. Nesse novo normal, como motivação de viagem pós pandemia. Ouro Preto também se destaca ao público que ia viajar muito pra Europa e agora nesse turismo interno eles procuram Ouro Preto por uma série de características parecidas, como o barroco, com toda a influência portuguesa em nossa cidade. Esse turismo cultural vem sendo muito aquecido em Ouro Preto com esse viajante que fazia o turismo internacional”.