Por Samuel de Almeida
A cobrança de água por consumo deve ser instaurada em Ouro Preto em dezembro. Esta medida está prevista no contrato de concessão entre a cidade e a Saneouro, que é a empresa responsável pelo serviço de água e esgoto no município. Até o momento, a cobrança é feita mensalmente no valor fixo de vinte e dois reais.
Pelo contrato, a cobrança por consumo será instaurada quando 90% das casas possuírem o hidrômetro, sistema que mede a quantidade de água utilizada na residência. No dia 25 de novembro, o superintendente da Saneouro, Cléber Salvi, participou de uma reunião na Câmara de Ouro Preto. Ele confirmou que essa meta de 90% foi atingida. Portanto, um novo valor vai entrar em vigor.
A estimativa é que oito mil famílias paguem a tarifa já em dezembro. Segundo Cléber, a média do valor mensal deve ser em torno de noventa reais. Cléber também contou que em dezembro o valor de investimentos feitos na cidade deve chegar a R$ 30 milhões.
No entanto, todos os vereadores apresentaram uma série de questionamentos esses investimentos, além de citarem problemas com a qualidade do serviço, a possibilidade de aumento na tarifa, entre outros assuntos.
Alguns duvidaram se a instalação de hidrômetros nas casas realmente atingiu a meta de 90%, como foi dito. Após a reunião, um requerimento foi feito pelos vereadores solicitando mais esclarecimentos por parte do superintendente da Saneouro. Para os políticos, foram passadas informações ambíguas e talvez até falsas.
Pelo que foi explicado por Cléber, 12 mil casas atualmente possuem hidrômetro, num total de 18 mil. Significa que apenas 66% da hidrometração foi concluída. Então, a empresa ainda está distante da meta mínima para poder cobrar a água por consumo, como prevê o contrato.
Em entrevista para a Rádio Real, o vereador Matheus Pacheco, comentou sobre o aumento da tarifa:
“O Cléber esteve na Câmara na semana passada e disse que atingiu os 90%, mas na hora de fazer os cálculos de quantas penas d’água, se confundiu todo. Então ele cometeu um grande equívoco, despertando ansiedade e terrorismo na população, principalmente naqueles que estão desempregados e não tem como pagar a conta. Então ele vai ter que voltar na Câmara. [...] o maior objetivo nosso, que eu acredito que tem que ser de todos os vereadores, mas também de responsabilidade - até maior- do Executivo é que nós façamos uma grande apuração pra saber quantos por cento nós temos da nossa cidade hidrometrada. Porque nós sabemos que na concessão diz que só poderá haver a cobrança após os 90% e nós acreditamos que isso não ocorreu”.
Matheus defende que a hidrometração é uma medida benéfica para a população, desde que o valor cobrado seja adequado.
“Se quer água na torneira, é um produto industrializado. Tem um preço pra isso e nós vamos ter que pagar. Agora, o que não vamos aceitar é pagar além do que se deve, pagar preços abusivos. Nós queremos um preço justo. O hidrômetro tem que existir porque quem gasta muita água – o dono do posto de gasolina, o dono do hotel que cada quarto tem uma hidromassagem – tem que controlar a água desse cara. É injusto que uma família pobre, que provavelmente tem que estar dentro da tarifa social, fique 5, 6 dias sem água às vezes para lavar as mãos, enquanto o outro tá abusando”.
Por Samuel de Almeida
A cobrança de água por consumo deve ser instaurada em Ouro Preto em dezembro. Esta medida está prevista no contrato de concessão entre a cidade e a Saneouro, que é a empresa responsável pelo serviço de água e esgoto no município. Até o momento, a cobrança é feita mensalmente no valor fixo de vinte e dois reais.
Pelo contrato, a cobrança por consumo será instaurada quando 90% das casas possuírem o hidrômetro, sistema que mede a quantidade de água utilizada na residência. No dia 25 de novembro, o superintendente da Saneouro, Cléber Salvi, participou de uma reunião na Câmara de Ouro Preto. Ele confirmou que essa meta de 90% foi atingida. Portanto, um novo valor vai entrar em vigor.
A estimativa é que oito mil famílias paguem a tarifa já em dezembro. Segundo Cléber, a média do valor mensal deve ser em torno de noventa reais. Cléber também contou que em dezembro o valor de investimentos feitos na cidade deve chegar a R$ 30 milhões.
No entanto, todos os vereadores apresentaram uma série de questionamentos esses investimentos, além de citarem problemas com a qualidade do serviço, a possibilidade de aumento na tarifa, entre outros assuntos.
Alguns duvidaram se a instalação de hidrômetros nas casas realmente atingiu a meta de 90%, como foi dito. Após a reunião, um requerimento foi feito pelos vereadores solicitando mais esclarecimentos por parte do superintendente da Saneouro. Para os políticos, foram passadas informações ambíguas e talvez até falsas.
Pelo que foi explicado por Cléber, 12 mil casas atualmente possuem hidrômetro, num total de 18 mil. Significa que apenas 66% da hidrometração foi concluída. Então, a empresa ainda está distante da meta mínima para poder cobrar a água por consumo, como prevê o contrato.
Em entrevista para a Rádio Real, o vereador Matheus Pacheco, comentou sobre o aumento da tarifa:
“O Cléber esteve na Câmara na semana passada e disse que atingiu os 90%, mas na hora de fazer os cálculos de quantas penas d’água, se confundiu todo. Então ele cometeu um grande equívoco, despertando ansiedade e terrorismo na população, principalmente naqueles que estão desempregados e não tem como pagar a conta. Então ele vai ter que voltar na Câmara. [...] o maior objetivo nosso, que eu acredito que tem que ser de todos os vereadores, mas também de responsabilidade - até maior- do Executivo é que nós façamos uma grande apuração pra saber quantos por cento nós temos da nossa cidade hidrometrada. Porque nós sabemos que na concessão diz que só poderá haver a cobrança após os 90% e nós acreditamos que isso não ocorreu”.
Matheus defende que a hidrometração é uma medida benéfica para a população, desde que o valor cobrado seja adequado.
“Se quer água na torneira, é um produto industrializado. Tem um preço pra isso e nós vamos ter que pagar. Agora, o que não vamos aceitar é pagar além do que se deve, pagar preços abusivos. Nós queremos um preço justo. O hidrômetro tem que existir porque quem gasta muita água – o dono do posto de gasolina, o dono do hotel que cada quarto tem uma hidromassagem – tem que controlar a água desse cara. É injusto que uma família pobre, que provavelmente tem que estar dentro da tarifa social, fique 5, 6 dias sem água às vezes para lavar as mãos, enquanto o outro tá abusando”.