Por Hellen Perucci
No dia 23 de novembro, no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, a Diretora Adjunta de Acesso a Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que o mundo está entrando numa quarta onda de Covid-19. O novo pico de casos, fez com que países europeus refizessem o caminho para as medidas sanitárias como o uso de máscara obrigatório para maiores de 10 anos, o lockdown e o retorno do home office. Além de estabelecer a vacinação obrigatória e a exigência de comprovantes de imunização.
Em contrapartida, no Brasil, o estado de São Paulo anunciou que o uso da máscara de proteção não será mais obrigatório em lugares abertos a partir do dia 11 de dezembro. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema afirmou em outubro que era “questão de semanas” a flexibilização do uso das máscaras em locais específicos, e a previsão que até o final do ano, lugares abertos não contarão com a obrigatoriedade.
Países como o Reino Unido, Portugal e Austrália também retomaram as medidas de restrição após surtos de Covid-19 atribuídos a variante Delta: mais transmissível e dominante no Brasil. Como explica o Professor da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, mestre e doutor em Infectologia e Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Dr. Allan Jefferson Cruz Calsavara:
"Em relação às causas da quarta onda, a gente pode numerar no mínimo quatro fatores que podem estar associados. Primeiro é a circulação de variantes que são muito transmissíveis. A gente tem a variante Delta que se transmite muito mais facilmente do que as outras variantes. Estudos no Brasil mostram que mais de 90% dos do vírus circulando é realmente a Delta que é a variante mais transmissível; A falta de acesso a vacina que pode contribuir para uma nova onda: e essa falta de acesso pode ser devido a questões logísticas, de produção local, mas pode estar associada a resistência de determinadas populações, determinados povos, países ou grupo de não se vacinarem.”
E completou sobre as causas do aumento no número do contágio:
“O aumento da interação social, também é um fator, temos visto que com o passar do tempo cada vez mais a interação social entre as pessoas está aumentando. Então, isso só aumenta a probabilidade de contágio; E eu acho que o quarto fator é a desinformação que na verdade causa comportamentos sociais de risco, ela causa negação ao acesso à vacina E na minha opinião, é algo que nós devemos ficar muito atentos. A informação é muito importante.“
A realização de festas, como o Carnaval, tem sido um assunto amplamente discutido por especialistas e líderes políticos, o medo é o aumento exponencial do contágio e o reflexo de países em que as flexibilizações aconteceram antes do Brasil. O Doutor, Professor e Infectologista destaca os possíveis desdobramentos, incluindo também as festas de fim de ano:
“Em relação ao ao Brasil é muito difícil a gente fazer uma previsão nesse momento. Mas se não houver uma ampliação substancial da cobertura vacinal de indivíduos completamente vacinados, principalmente, se isso não acontecer antes das festas de fim de ano, ou das festas de início aí 2022 como o Carnaval ,especialmente, existe uma grande probabilidade que o Brasil enfrente aí uma quarta onda. É claro que essas festas de fim de ano são um fator que podem aumentar os casos, aumentar a transmissão de covid na comunidade. Durante esses eventos, as pessoas têm um contato mais próximo: consumindo bebidas, alimentos e acabam não usando máscara. E ficam em ambientes com pouca circulação de ar, propiciando um aumento da infecção de indivíduos. Somado a isso, se você tiver um número de pessoas que não estão vacinadas, o ambiente fica perfeito para acontecer uma nova onda de covid na comunidade.”
O Ambulatório de Infectologia e Medicina Tropical da UFOP atende pacientes da Região pelo SUS, no Centro de Saúde da UFOP. Para ter seu atendimento é só ligar para o 3559-1951. Muitas das vezes existem vagas disponíveis para atendimento. Para ficar atento ao calendário vacinal sobre as doses de reforço, faixas etárias e se você não se imunizou no período recomendado, as repescagens fique atento à secretária de saúde do seu município. Você pode acompanhar pelos perfis no Instagram das prefeituras: @prefmariana ou no número da secretária de saúde (31) 3557-2021; Em Ouro Preto no @prefeituraouropreto ou no (31)3559-3280 e em Itabirito no @prefeituraitabirito ou no (31) 3561-4013
Por Hellen Perucci
No dia 23 de novembro, no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, a Diretora Adjunta de Acesso a Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que o mundo está entrando numa quarta onda de Covid-19. O novo pico de casos, fez com que países europeus refizessem o caminho para as medidas sanitárias como o uso de máscara obrigatório para maiores de 10 anos, o lockdown e o retorno do home office. Além de estabelecer a vacinação obrigatória e a exigência de comprovantes de imunização.
Em contrapartida, no Brasil, o estado de São Paulo anunciou que o uso da máscara de proteção não será mais obrigatório em lugares abertos a partir do dia 11 de dezembro. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema afirmou em outubro que era “questão de semanas” a flexibilização do uso das máscaras em locais específicos, e a previsão que até o final do ano, lugares abertos não contarão com a obrigatoriedade.
Países como o Reino Unido, Portugal e Austrália também retomaram as medidas de restrição após surtos de Covid-19 atribuídos a variante Delta: mais transmissível e dominante no Brasil. Como explica o Professor da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, mestre e doutor em Infectologia e Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Dr. Allan Jefferson Cruz Calsavara:
"Em relação às causas da quarta onda, a gente pode numerar no mínimo quatro fatores que podem estar associados. Primeiro é a circulação de variantes que são muito transmissíveis. A gente tem a variante Delta que se transmite muito mais facilmente do que as outras variantes. Estudos no Brasil mostram que mais de 90% dos do vírus circulando é realmente a Delta que é a variante mais transmissível; A falta de acesso a vacina que pode contribuir para uma nova onda: e essa falta de acesso pode ser devido a questões logísticas, de produção local, mas pode estar associada a resistência de determinadas populações, determinados povos, países ou grupo de não se vacinarem.”
E completou sobre as causas do aumento no número do contágio:
“O aumento da interação social, também é um fator, temos visto que com o passar do tempo cada vez mais a interação social entre as pessoas está aumentando. Então, isso só aumenta a probabilidade de contágio; E eu acho que o quarto fator é a desinformação que na verdade causa comportamentos sociais de risco, ela causa negação ao acesso à vacina E na minha opinião, é algo que nós devemos ficar muito atentos. A informação é muito importante.“
A realização de festas, como o Carnaval, tem sido um assunto amplamente discutido por especialistas e líderes políticos, o medo é o aumento exponencial do contágio e o reflexo de países em que as flexibilizações aconteceram antes do Brasil. O Doutor, Professor e Infectologista destaca os possíveis desdobramentos, incluindo também as festas de fim de ano:
“Em relação ao ao Brasil é muito difícil a gente fazer uma previsão nesse momento. Mas se não houver uma ampliação substancial da cobertura vacinal de indivíduos completamente vacinados, principalmente, se isso não acontecer antes das festas de fim de ano, ou das festas de início aí 2022 como o Carnaval ,especialmente, existe uma grande probabilidade que o Brasil enfrente aí uma quarta onda. É claro que essas festas de fim de ano são um fator que podem aumentar os casos, aumentar a transmissão de covid na comunidade. Durante esses eventos, as pessoas têm um contato mais próximo: consumindo bebidas, alimentos e acabam não usando máscara. E ficam em ambientes com pouca circulação de ar, propiciando um aumento da infecção de indivíduos. Somado a isso, se você tiver um número de pessoas que não estão vacinadas, o ambiente fica perfeito para acontecer uma nova onda de covid na comunidade.”
O Ambulatório de Infectologia e Medicina Tropical da UFOP atende pacientes da Região pelo SUS, no Centro de Saúde da UFOP. Para ter seu atendimento é só ligar para o 3559-1951. Muitas das vezes existem vagas disponíveis para atendimento. Para ficar atento ao calendário vacinal sobre as doses de reforço, faixas etárias e se você não se imunizou no período recomendado, as repescagens fique atento à secretária de saúde do seu município. Você pode acompanhar pelos perfis no Instagram das prefeituras: @prefmariana ou no número da secretária de saúde (31) 3557-2021; Em Ouro Preto no @prefeituraouropreto ou no (31)3559-3280 e em Itabirito no @prefeituraitabirito ou no (31) 3561-4013