Por Hellen Perucci
O Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) acontece quando uma criança ou adulto apresenta limitações para compreensão e realização de vocabulário sem uma causa evidente. De acordo com um estudo epidemiológico realizado no Reino Unido 7,5% das crianças apresentavam TDL sem qualquer condição biomédica associada e uma a cada 14 crianças são acometidas pelo Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem.
Isso prejudica a alfabetização e a aprendizagem de forma geral, além de afetar a vida social e emocional. Antes, porém, de se concluir o diagnóstico, é preciso se certificar de que não se trata de um “Distúrbio Neurológico Motor da Fala na Infância”, como a Apraxia.
A Apraxia da Fala na Infância, termo recomendado pela Associação Americana de Fonoaudiologia, é um déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala. E dentre as principais características estão:
Repertório de vogais limitado, com muitos erros com as vogais; Dificuldade também com consoantes, incluindo as letras P e M, consideradas as mais visíveis; Quanto maior é o número de sílabas, maior é a dificuldade da criança; Conforme for o grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas será incapaz de reproduzir em contexto diferente; Na apraxia oral, haverá dificuldades na sequência de movimentos orais voluntários; A criança não sabe como movimentar a boca, tenta falar, mas não consegue.
A Especialista em Tratamento Integral do Autismo e Mestre em Educação Médica, Dra Gesika Amorim , destacou que apesar do Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se apresentam com atraso da linguagem ou dificuldade de interação social, no caso do TEA, existem diferenças:
“A praxia da fala é um tipo de transtorno de linguagem que se caracteriza pela dificuldade motora na construção da vocalização da criança, então, diferente do Autismo, a criança tem tem uma vontade de falar, só que ela não sabe como. A vontade de se comunicar existe e a criança tem a sua linguagem não verbal construída, porém a linguagem verbal ela não consegue construir por uma dificuldade motora.”
E ressaltou que um diagnóstico feito por profissionais experientes e com atenção voltada para crianças é fundamental para elaboração de um plano de atenção adequado para cada caso:
“É necessário que a criança passe por uma investigação médica através de um neurologista ou de um psiquiatra infantil, porque outros contextos precisam ser avaliados. É necessário avaliar a capacidade auditiva e a qualidade da audição dessa criança, além do contexto que essa criança está inserida: Se existe algum problema estressor ou algum fator social que possa estar prejudicando a construção dessa linguagem.“
Os profissionais também levam em consideração a questão emocional e se o ambiente familiar está afetando negativamente o desenvolvimento vocabular. Se excluídos esses fatores, e se confirmada a alteração no desenvolvimento da linguagem e da fala, é então diagnosticado o quadro de TDL. Uma consulta ao fonoaudiólogo é fundamental para o diagnóstico.
Por Hellen Perucci
O Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) acontece quando uma criança ou adulto apresenta limitações para compreensão e realização de vocabulário sem uma causa evidente. De acordo com um estudo epidemiológico realizado no Reino Unido 7,5% das crianças apresentavam TDL sem qualquer condição biomédica associada e uma a cada 14 crianças são acometidas pelo Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem.
Isso prejudica a alfabetização e a aprendizagem de forma geral, além de afetar a vida social e emocional. Antes, porém, de se concluir o diagnóstico, é preciso se certificar de que não se trata de um “Distúrbio Neurológico Motor da Fala na Infância”, como a Apraxia.
A Apraxia da Fala na Infância, termo recomendado pela Associação Americana de Fonoaudiologia, é um déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala. E dentre as principais características estão:
Repertório de vogais limitado, com muitos erros com as vogais; Dificuldade também com consoantes, incluindo as letras P e M, consideradas as mais visíveis; Quanto maior é o número de sílabas, maior é a dificuldade da criança; Conforme for o grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas será incapaz de reproduzir em contexto diferente; Na apraxia oral, haverá dificuldades na sequência de movimentos orais voluntários; A criança não sabe como movimentar a boca, tenta falar, mas não consegue.
A Especialista em Tratamento Integral do Autismo e Mestre em Educação Médica, Dra Gesika Amorim , destacou que apesar do Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se apresentam com atraso da linguagem ou dificuldade de interação social, no caso do TEA, existem diferenças:
“A praxia da fala é um tipo de transtorno de linguagem que se caracteriza pela dificuldade motora na construção da vocalização da criança, então, diferente do Autismo, a criança tem tem uma vontade de falar, só que ela não sabe como. A vontade de se comunicar existe e a criança tem a sua linguagem não verbal construída, porém a linguagem verbal ela não consegue construir por uma dificuldade motora.”
E ressaltou que um diagnóstico feito por profissionais experientes e com atenção voltada para crianças é fundamental para elaboração de um plano de atenção adequado para cada caso:
“É necessário que a criança passe por uma investigação médica através de um neurologista ou de um psiquiatra infantil, porque outros contextos precisam ser avaliados. É necessário avaliar a capacidade auditiva e a qualidade da audição dessa criança, além do contexto que essa criança está inserida: Se existe algum problema estressor ou algum fator social que possa estar prejudicando a construção dessa linguagem.“
Os profissionais também levam em consideração a questão emocional e se o ambiente familiar está afetando negativamente o desenvolvimento vocabular. Se excluídos esses fatores, e se confirmada a alteração no desenvolvimento da linguagem e da fala, é então diagnosticado o quadro de TDL. Uma consulta ao fonoaudiólogo é fundamental para o diagnóstico.