Por Rayssa Aguiar
Itabirito possui um compilado de histórias durante os seus últimos 98 anos, comemorados nesta terça-feira, dia 07 de setembro. A data é um marco histórico de diversos acontecimentos ocorridos em 1923, dentre os quais, a elevação de Itabirito à categoria de cidade, se desmembrando do antigo município de Ouro Preto, como explica o professor de História do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Alex Bohrer:
“No dia 07 de setembro, dia escolhido por ser uma data importante para a nação brasileira, Itabirito é elevado à categoria de cidade. Desde então, a cidade integra a Região dos Inconfidentes, sendo uma das mais importantes cidades da região, uma das mais importantes cidades de economia mineral do Brasil e uma cidade que cresce e faz jus à sua história”.
Entre 1706 e 1709, o Capitão-Mor Francisco Homem Del Rey e o piloto da Nau Nossa Senhora da Boa Viagem, Luiz de Figueiredo Monterroyo, chegaram em Itabirito, em busca de ouro. A partir de 1752, já na condição de Distrito Colonial de Vila Rica, recebeu o nome de Itabira do Campo, que perdurou até 1923, quando foi emancipada com o nome de Itabirito, originário do Tupi, que significa "pedra que risca vermelho". A escolha do nome possui relação com um minério de ferro, que abundantemente compõe a região.
“Esses nomes têm origem indígena, pois os bandeirantes absorveram muito da nomenclatura original deixada pelos índios, ou até mesmo por outros bandeirantes, já que alguns deles falavam tupi-guarani ou tupi-guarani com português”.
Ainda no século XVIII, Itabirito foi o grande responsável pela composição do chamado Termo de Vila Rica. Na época, era categorizada como Arraial, que recebeu o nome de Itabira do Campo, ou como aparece nas documentações, Arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem da Itaubira do Campo.
A região tem uma das mais importantes igrejas do século XVIII, Alex Bohrer explica mais sobre o assunto:
“A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, uma igreja construída dentro do que nós chamamos de “estilo nacional Português”, é uma igreja que segue, mais ou menos, o estilo da matriz Nossa Senhora de Nazaré de Cachoeira do Campo, que era o arraial ligado à região de Itabirito no século XVIII. Além disso, existem outras igrejas importantes, como a capela do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e a capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, esse era o nome que aparecia na documentação do século XVIII. Essa última era uma igreja dedicada aos escravos, ex-escravos, mas que foi tombada pelo IPHAN, tempos depois”.
No século XIX, houve um alto fluxo de imigração para Itabirito, causados tanto pela exploração aurífera, quanto pela construção da Estrada de Ferro. Situada no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, a economia da região gira em torno da mineração, siderurgia e comércio, sendo que os dois últimos dependem da atividade mineral desempenhada no município, é o que diz Alex Bohrer:
“Durante o século XVIII, o distrito, antigo arraial de Ouro Preto, se destaca pela produção aurífera e pela produção de ouro. Já no século XIX, se destaca, principalmente, pela produção de minério de ferro, que faz com que alguns dos experimentos pioneiros de exploração mineral ou fundição mineral, aconteçam em Itabirito, fazendo com que o antigo distrito cresça muito, o que influencia na instalação de fábricas e de comércios cada vez maiores, isso já no final do século XIX”.
O crescimento da região foi tamanho que em 1923, mais especificamente, no dia 07 de setembro, dia da Independência do Brasil, Itabirito foi elevado à categoria de cidade, sendo uma das cidades mais importantes da região e, principalmente, uma das regiões responsáveis pela economia mineral do país.
Itabirito é uma cidade que faz jus à sua história, é uma cidade que continua construindo a sua história, mas sem esquecer do seu passado, esse que foi tão importante para a construção histórica de Minas Gerais, sendo preservado até hoje.
Por Rayssa Aguiar
Itabirito possui um compilado de histórias durante os seus últimos 98 anos, comemorados nesta terça-feira, dia 07 de setembro. A data é um marco histórico de diversos acontecimentos ocorridos em 1923, dentre os quais, a elevação de Itabirito à categoria de cidade, se desmembrando do antigo município de Ouro Preto, como explica o professor de História do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Alex Bohrer:
“No dia 07 de setembro, dia escolhido por ser uma data importante para a nação brasileira, Itabirito é elevado à categoria de cidade. Desde então, a cidade integra a Região dos Inconfidentes, sendo uma das mais importantes cidades da região, uma das mais importantes cidades de economia mineral do Brasil e uma cidade que cresce e faz jus à sua história”.
Entre 1706 e 1709, o Capitão-Mor Francisco Homem Del Rey e o piloto da Nau Nossa Senhora da Boa Viagem, Luiz de Figueiredo Monterroyo, chegaram em Itabirito, em busca de ouro. A partir de 1752, já na condição de Distrito Colonial de Vila Rica, recebeu o nome de Itabira do Campo, que perdurou até 1923, quando foi emancipada com o nome de Itabirito, originário do Tupi, que significa "pedra que risca vermelho". A escolha do nome possui relação com um minério de ferro, que abundantemente compõe a região.
“Esses nomes têm origem indígena, pois os bandeirantes absorveram muito da nomenclatura original deixada pelos índios, ou até mesmo por outros bandeirantes, já que alguns deles falavam tupi-guarani ou tupi-guarani com português”.
Ainda no século XVIII, Itabirito foi o grande responsável pela composição do chamado Termo de Vila Rica. Na época, era categorizada como Arraial, que recebeu o nome de Itabira do Campo, ou como aparece nas documentações, Arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem da Itaubira do Campo.
A região tem uma das mais importantes igrejas do século XVIII, Alex Bohrer explica mais sobre o assunto:
“A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, uma igreja construída dentro do que nós chamamos de “estilo nacional Português”, é uma igreja que segue, mais ou menos, o estilo da matriz Nossa Senhora de Nazaré de Cachoeira do Campo, que era o arraial ligado à região de Itabirito no século XVIII. Além disso, existem outras igrejas importantes, como a capela do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e a capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, esse era o nome que aparecia na documentação do século XVIII. Essa última era uma igreja dedicada aos escravos, ex-escravos, mas que foi tombada pelo IPHAN, tempos depois”.
No século XIX, houve um alto fluxo de imigração para Itabirito, causados tanto pela exploração aurífera, quanto pela construção da Estrada de Ferro. Situada no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, a economia da região gira em torno da mineração, siderurgia e comércio, sendo que os dois últimos dependem da atividade mineral desempenhada no município, é o que diz Alex Bohrer:
“Durante o século XVIII, o distrito, antigo arraial de Ouro Preto, se destaca pela produção aurífera e pela produção de ouro. Já no século XIX, se destaca, principalmente, pela produção de minério de ferro, que faz com que alguns dos experimentos pioneiros de exploração mineral ou fundição mineral, aconteçam em Itabirito, fazendo com que o antigo distrito cresça muito, o que influencia na instalação de fábricas e de comércios cada vez maiores, isso já no final do século XIX”.
O crescimento da região foi tamanho que em 1923, mais especificamente, no dia 07 de setembro, dia da Independência do Brasil, Itabirito foi elevado à categoria de cidade, sendo uma das cidades mais importantes da região e, principalmente, uma das regiões responsáveis pela economia mineral do país.
Itabirito é uma cidade que faz jus à sua história, é uma cidade que continua construindo a sua história, mas sem esquecer do seu passado, esse que foi tão importante para a construção histórica de Minas Gerais, sendo preservado até hoje.