Por Hellen Perucci
O Wheeling (ou Wheelie) é uma prática esportiva com origem na Califórnia, nos Estados Unidos na década de 1970, e sua criação é atribuída ao americano Doug Domokos, e envolve malabarismos com motocicletas ou bicicletas. A modalidade consiste em realizar manobras nas quais força e equilíbrio são exigidos ao máximo pelos praticantes, em que, geralmente, apenas uma roda do veículo se mantém no chão.
Dentre as manobras, segundo a página no Facebook Loucos do Grau, uma equipe do estado da Bahia, estão: Borrachão, Enceradeira, No hands, No front, One hand, RL, Raspão, Superman, Surf, Zerinho. E a que popularizou o nome do esporte no Brasil, chamada grau, que significa diversas manobras em que a moto é empinada com a roda traseira no chão.
Uma Pesquisa realizada pela Younder com motociclistas aponta alerta para a prática em vias públicas e afirma que Minas Gerais é o 2º estado com maior número de indenizações por acidentes com esse tipo de veículo, ficando atrás, apenas do Estado de São Paulo com 402.021, Minas tem 384.072 e o Ceará 375.977.
Entretanto, ao mesmo tempo que o número de acidentes envolvendo a prática do Wheeling sobe , também é constante a luta dos praticantes para deixarem as vias públicas e terem do poder público um espaço próprio para isso, como afirma o motociclista e praticante da modalidade, Marco Aurélio de Santo Cristo:
“Muitos ainda vê com preconceito uma vez que a prática ainda é em vias públicas e colocando a vida de terceiros em risco e só é proibida quando praticadas em vias públicas. Temos que ver o "grau" como o motocross e os que fazem trilhas, por exemplo, as motos são proibidas de transitar em vias públicas por não possuir equipamentos obrigatórios como setas, por exemplo, mas os pilotos transitam quando estão indo ou voltando das trilhas.”
O artigo 244 do código de trânsito brasileiro, em seu inciso III, tornou proibido conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma das rodas. O motivo é que essas ações colocam em risco a vida do praticante e dos demais usuários das vias. Em Belo Horizonte, capital mineira, existe um projeto de Lei para reconhecer o Wheeling como prática esportiva, a fim de atrair turismo, negócios e atividades de lazer para a cidade.
Em Ouro Preto, os motociclistas por profissão e por lazer tem o sonho de criação de uma associação como conta Marco Aurélio:
“A associação é um sonho antigo dos motoboys de Ouro Preto que está quase se realizando. E vejo que o papel de uma associação não pode ser limitar a olhar apenas o lado profissional da categoria, mas também o lado do lazer e procurar junto aos associados uma qualidade de vida melhor para nós, uma vez que ninguém nos olha com bons olhos, somos uma categoria marginalizada por uma grande parcela da sociedade.”
E destaca que a sociedade precisa afastar o estigmas e preconceitos quanto ao grau que também é uma atividade de lazer e de entretenimento:
“Temos que ver o grau como aquele ranca que muito de nós batia no meio da rua porque não tínhamos quadras públicas como temos hoje, se a rapaziada tiver um local apropriado ninguém vai querer empinar na rua com risco de atropelar alguém ou ter sua moto apreendida.”
Na Câmara de Ouro Preto tramitam projetos para que exista um espaço físico para que o esporte seja praticado de forma mais segura.
O “Grau” é praticado desde os anos 1980 no Brasil e foi homologado em 2013 pela Confederação Brasileira de Motociclismo, quando foi promovido o primeiro Campeonato Brasileiro da modalidade.
Por Hellen Perucci
O Wheeling (ou Wheelie) é uma prática esportiva com origem na Califórnia, nos Estados Unidos na década de 1970, e sua criação é atribuída ao americano Doug Domokos, e envolve malabarismos com motocicletas ou bicicletas. A modalidade consiste em realizar manobras nas quais força e equilíbrio são exigidos ao máximo pelos praticantes, em que, geralmente, apenas uma roda do veículo se mantém no chão.
Dentre as manobras, segundo a página no Facebook Loucos do Grau, uma equipe do estado da Bahia, estão: Borrachão, Enceradeira, No hands, No front, One hand, RL, Raspão, Superman, Surf, Zerinho. E a que popularizou o nome do esporte no Brasil, chamada grau, que significa diversas manobras em que a moto é empinada com a roda traseira no chão.
Uma Pesquisa realizada pela Younder com motociclistas aponta alerta para a prática em vias públicas e afirma que Minas Gerais é o 2º estado com maior número de indenizações por acidentes com esse tipo de veículo, ficando atrás, apenas do Estado de São Paulo com 402.021, Minas tem 384.072 e o Ceará 375.977.
Entretanto, ao mesmo tempo que o número de acidentes envolvendo a prática do Wheeling sobe , também é constante a luta dos praticantes para deixarem as vias públicas e terem do poder público um espaço próprio para isso, como afirma o motociclista e praticante da modalidade, Marco Aurélio de Santo Cristo:
“Muitos ainda vê com preconceito uma vez que a prática ainda é em vias públicas e colocando a vida de terceiros em risco e só é proibida quando praticadas em vias públicas. Temos que ver o "grau" como o motocross e os que fazem trilhas, por exemplo, as motos são proibidas de transitar em vias públicas por não possuir equipamentos obrigatórios como setas, por exemplo, mas os pilotos transitam quando estão indo ou voltando das trilhas.”
O artigo 244 do código de trânsito brasileiro, em seu inciso III, tornou proibido conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma das rodas. O motivo é que essas ações colocam em risco a vida do praticante e dos demais usuários das vias. Em Belo Horizonte, capital mineira, existe um projeto de Lei para reconhecer o Wheeling como prática esportiva, a fim de atrair turismo, negócios e atividades de lazer para a cidade.
Em Ouro Preto, os motociclistas por profissão e por lazer tem o sonho de criação de uma associação como conta Marco Aurélio:
“A associação é um sonho antigo dos motoboys de Ouro Preto que está quase se realizando. E vejo que o papel de uma associação não pode ser limitar a olhar apenas o lado profissional da categoria, mas também o lado do lazer e procurar junto aos associados uma qualidade de vida melhor para nós, uma vez que ninguém nos olha com bons olhos, somos uma categoria marginalizada por uma grande parcela da sociedade.”
E destaca que a sociedade precisa afastar o estigmas e preconceitos quanto ao grau que também é uma atividade de lazer e de entretenimento:
“Temos que ver o grau como aquele ranca que muito de nós batia no meio da rua porque não tínhamos quadras públicas como temos hoje, se a rapaziada tiver um local apropriado ninguém vai querer empinar na rua com risco de atropelar alguém ou ter sua moto apreendida.”
Na Câmara de Ouro Preto tramitam projetos para que exista um espaço físico para que o esporte seja praticado de forma mais segura.
O “Grau” é praticado desde os anos 1980 no Brasil e foi homologado em 2013 pela Confederação Brasileira de Motociclismo, quando foi promovido o primeiro Campeonato Brasileiro da modalidade.