Por Hellen Perucci
No dia 28 de julho, um incêndio de grande proporção atingiu a região do Marzagão, próximo a áreas do parque ecológico do Tripuí. O trabalho de contenção durou cerca de 20 horas e se estendeu até a manhã do dia 29. A unidade de conservação ecológica não foi atingida, mas a região do Marzagão teve danos maiores.
Juarez Basílio é gestor da estação ecológica do Tripui e afirmou que um foco pequeno do incêndio foi identificado por volta das 11h40 da manhã e logo o apoio foi acionado. O foco, foi tomando grande proporção como afirma o gestor:
“Onde nós identificamos por volta de 11h40, um foco bem distante estava numa área posterior, numa área de sentido Marzagão. E aí nós acionamos tanto a equipe quanto um apoio de brigada contratada pelo IEF que visa essas questões de trabalhar em prol de atuar como medidas preventivas. E foi feito o deslocamento, chegamos no local foi feito uma análise do incêndio que estava considerável e foi tomando grande proporção em virtude da vegetação de campo que estava muito seca e com o vento forte espalhava rapidamente.”
E contou que em determinado momento, o fogo começou a ameaçar o aceiro e a utilização do método contrafogo para combate ao incêndio que somente pessoas treinadas podem fazer:
“O fogo começou a ameaçar a o aceiro pegando em áreas de vegetação muito seca. Foi espalhando rapidamente e nós lutamos também por contê-lo com a estratégia de do contra fogo em determinados pontos: onde a gente puxava uma linha apagava um flanco e o outro era direcionado contra esse incêndio, e assim nós obtivemos êxito em um determinado ponto e em outros. [Nós éramos] um grupo muito pequeno, e chegou a atingir mais de um quilômetro de linhas de incêndio, então ele foi aproximando do aceiro e esse aceiro que já é pra este fim, favorece essa questão aí. Nós começamos também a atuar nessa área para que incêndio não ultrapassasse esse acerto e atingisse a reserva, a estação ecológica do Tripuí.”
Mesmo com a equipe reduzida, o grupo seguiu tentando diminuir o impacto apesar dos riscos:
“E mudando essa estratégia operacional nós ficamos com uma equipe reduzida, capacitada pra dar continuidade ao combate adentrando aí o horário da noite. Ou seja, o risco é eminente, é um risco muito alto, mas como a gente tem uma um amplo conhecimento da área, e a forma de atuação era contínua no aceiro começamos a puxar e acompanhar o incêndio de forma a minimizar o impacto. Então essa equipe virou praticamente a noite. Nós vimos que o foco foi detectado às 11h40, o primeiro combate foi ás 13h e ficamos até às 5 horas da manhã onde fechamos esse flanco que poderia ameaçar a unidade, até direcionar uma grota onde estava uma vegetação mais densa mas mais úmida.”
É importante lembrar que todas as ações realizadas pelos gestores do parque e pelos brigadistas que atuaram, aconteceram mediante o conhecimento da área e mais importante, pelo treinamento dos profissionais envolvidos. Não tente realizar estratégias semelhantes.
Rafael Lopes, coordenador de campo da Safemed, brigada que presta serviço ao Instituto Estadual de Florestas, o IEF, por meio de compensação ambiental da mineradora Vale, nos contou sobre a operação que impediu que o fogo adentrasse a reserva ecológica, mas outras áreas tiveram danos:
“Os focos na região ali já vinham ocorrendo a mais de uma semana, e aí foi se aproximando da região do Tripuí. E como a gente atua defendendo aí essas áreas dentro do parque iniciamos o combate pra evitar que ele passasse pra dentro do parque. Então, a nossa equipe iniciou o combate por volta das 15h. A minha equipe estava com quatro monitores brigadistas e tivemos apoio de mais seis brigadistas funcionários da estação ecológica. A gente ficou em combate até por volta das 23h evitando que o que o fogo entrasse na estação ecológica. Infelizmente a área atingida foi bem grande, mas basicamente em áreas particulares, a área do Tripuí não teve praticamente nada de área atingida.”
PORTARIA
No dia 2 de julho de 2020, a 52ª Portaria dos Bombeiros definiu que para a atuação no combate a incêndios florestais, o brigadista deve estar vinculado a uma instituição civil, pública ou privada, denominada brigada.
A brigada deverá atender exigências do Corpo de Bombeiros como credenciamento, apresentar documentação de registro da entidade, relação de brigadistas e representação gráfica de uniformes e veículos. Atualmente, as demais brigadas de Ouro Preto seguem em processo de regularização.
Por Hellen Perucci
No dia 28 de julho, um incêndio de grande proporção atingiu a região do Marzagão, próximo a áreas do parque ecológico do Tripuí. O trabalho de contenção durou cerca de 20 horas e se estendeu até a manhã do dia 29. A unidade de conservação ecológica não foi atingida, mas a região do Marzagão teve danos maiores.
Juarez Basílio é gestor da estação ecológica do Tripui e afirmou que um foco pequeno do incêndio foi identificado por volta das 11h40 da manhã e logo o apoio foi acionado. O foco, foi tomando grande proporção como afirma o gestor:
“Onde nós identificamos por volta de 11h40, um foco bem distante estava numa área posterior, numa área de sentido Marzagão. E aí nós acionamos tanto a equipe quanto um apoio de brigada contratada pelo IEF que visa essas questões de trabalhar em prol de atuar como medidas preventivas. E foi feito o deslocamento, chegamos no local foi feito uma análise do incêndio que estava considerável e foi tomando grande proporção em virtude da vegetação de campo que estava muito seca e com o vento forte espalhava rapidamente.”
E contou que em determinado momento, o fogo começou a ameaçar o aceiro e a utilização do método contrafogo para combate ao incêndio que somente pessoas treinadas podem fazer:
“O fogo começou a ameaçar a o aceiro pegando em áreas de vegetação muito seca. Foi espalhando rapidamente e nós lutamos também por contê-lo com a estratégia de do contra fogo em determinados pontos: onde a gente puxava uma linha apagava um flanco e o outro era direcionado contra esse incêndio, e assim nós obtivemos êxito em um determinado ponto e em outros. [Nós éramos] um grupo muito pequeno, e chegou a atingir mais de um quilômetro de linhas de incêndio, então ele foi aproximando do aceiro e esse aceiro que já é pra este fim, favorece essa questão aí. Nós começamos também a atuar nessa área para que incêndio não ultrapassasse esse acerto e atingisse a reserva, a estação ecológica do Tripuí.”
Mesmo com a equipe reduzida, o grupo seguiu tentando diminuir o impacto apesar dos riscos:
“E mudando essa estratégia operacional nós ficamos com uma equipe reduzida, capacitada pra dar continuidade ao combate adentrando aí o horário da noite. Ou seja, o risco é eminente, é um risco muito alto, mas como a gente tem uma um amplo conhecimento da área, e a forma de atuação era contínua no aceiro começamos a puxar e acompanhar o incêndio de forma a minimizar o impacto. Então essa equipe virou praticamente a noite. Nós vimos que o foco foi detectado às 11h40, o primeiro combate foi ás 13h e ficamos até às 5 horas da manhã onde fechamos esse flanco que poderia ameaçar a unidade, até direcionar uma grota onde estava uma vegetação mais densa mas mais úmida.”
É importante lembrar que todas as ações realizadas pelos gestores do parque e pelos brigadistas que atuaram, aconteceram mediante o conhecimento da área e mais importante, pelo treinamento dos profissionais envolvidos. Não tente realizar estratégias semelhantes.
Rafael Lopes, coordenador de campo da Safemed, brigada que presta serviço ao Instituto Estadual de Florestas, o IEF, por meio de compensação ambiental da mineradora Vale, nos contou sobre a operação que impediu que o fogo adentrasse a reserva ecológica, mas outras áreas tiveram danos:
“Os focos na região ali já vinham ocorrendo a mais de uma semana, e aí foi se aproximando da região do Tripuí. E como a gente atua defendendo aí essas áreas dentro do parque iniciamos o combate pra evitar que ele passasse pra dentro do parque. Então, a nossa equipe iniciou o combate por volta das 15h. A minha equipe estava com quatro monitores brigadistas e tivemos apoio de mais seis brigadistas funcionários da estação ecológica. A gente ficou em combate até por volta das 23h evitando que o que o fogo entrasse na estação ecológica. Infelizmente a área atingida foi bem grande, mas basicamente em áreas particulares, a área do Tripuí não teve praticamente nada de área atingida.”
PORTARIA
No dia 2 de julho de 2020, a 52ª Portaria dos Bombeiros definiu que para a atuação no combate a incêndios florestais, o brigadista deve estar vinculado a uma instituição civil, pública ou privada, denominada brigada.
A brigada deverá atender exigências do Corpo de Bombeiros como credenciamento, apresentar documentação de registro da entidade, relação de brigadistas e representação gráfica de uniformes e veículos. Atualmente, as demais brigadas de Ouro Preto seguem em processo de regularização.