Por Rayssa Aguiar
Mariana possui um compilado de histórias durante os seus últimos 325 anos, comemorados nesta sexta-feira, dia 16 de julho.
A data é um marco histórico de diversos acontecimentos ocorridos em 1696, dentre os quais: a expedição de bandeirantes paulistas liderada por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça em busca de ouro, posteriormente, encontrado e batizado em um rio, nomeado por eles de Ribeirão Nossa Senhora do Carmo, e a descoberta do Arraial Nossa Senhora do Carmo - às margens do Rio - , tal qual originaria a cidade de Mariana.
Alex Bohrer, professor de História do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), explica sobre o período:
“Essa data, 16 de julho, tem a ver com a data lendária da fundação de Mariana, que Mariana teria sido descoberta, o Arraial que daria origem à Mariana teria sido descoberto no dia 16 de julho de 1696. Mas, assim como o 24 de junho de 1698 de Ouro Preto, essa data de Mariana é lendária, não há respaldo histórico, não há documentação que comprove essa data. É uma data mais ligada à mitologia típica do surgimento das cidades do que de fatos históricos comprováveis.”
Segundo o historiador, foi apenas em 8 de abril de 1711 que o Arraial Nossa Senhora do Carmo foi elevado à categoria de Vila, então nomeada Vila Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo. Caracterizada como primeira Vila do Estado de Minas Gerais, foi uma das regiões mais importantes na história do Brasil, sobretudo por ter sido sede religiosa de grandes acontecimentos da época, é o que diz o professor de história:
“Mariana abrigou o 1º Bispado instalado em Minas Gerais e preserva grande parte do Casario do século XVIII e XIX, o que faz com que seja uma cidade histórica digna da visita de turistas do mundo inteiro e digna do seu patrimônio histórico que foi tombado pelo IPHAN logo no começo da história dessa instituição.”
Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão.
Em 1745, o rei de Portugal, Dom João V. , elevou a Vila Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo à categoria de cidade, onde a nomeou de Mariana. O nome é uma homenagem à rainha Maria Ana de Áustria, sua esposa. Nesta mesma época, Mariana foi transformada em centro religioso do Estado de Minas Gerais e responsável por sediar o primeiro bispado mineiro.
Sobre este mesmo ano, Alex Bohrer comenta um fato inusitado que ocorria na cidade:
“É curioso que Mariana estava passando, nesse momento, em 1745, estava passando por um momento de readequação urbanística, já que o lugar da fundação dos primeiros arraiais em Mariana tinham sido, sucessivamente, destruídos por enchentes das águas que carreavam pelos morros de Ouro Preto, e acabaram destruindo alguns desses dutos populacionais mais antigos. Mariana, então, sob a orientação e a égide do rei de Portugal, foi repensada. Por isso, Mariana tem esse traçado característico de linhas retas, que se cruzam sempre em perpendicular, isso faz com que Mariana seja, talvez, a primeira cidade planejada do Brasil.”
Em 1945, Mariana recebe o título de Monumento Nacional por seu patrimônio histórico, cultural e religioso, além de ativa participação na vida cívica e política do Brasil, o que a fez contribuir em períodos históricos da Independência, Império e República e, consequentemente, na formação da nacionalidade brasileira.
Localizada na região central do Estado de Minas Gerais, Mariana é repleta de compilados históricos que contribuem para o entendimento de grande parte da história do Brasil. Visitada por muitos turistas, a cidade é muito procurada por suas igrejas, principalmente, por ser considerada símbolo da religiosidade no Estado e cidade-mãe para muitos acontecimentos da região.
Por Rayssa Aguiar
Mariana possui um compilado de histórias durante os seus últimos 325 anos, comemorados nesta sexta-feira, dia 16 de julho.
A data é um marco histórico de diversos acontecimentos ocorridos em 1696, dentre os quais: a expedição de bandeirantes paulistas liderada por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça em busca de ouro, posteriormente, encontrado e batizado em um rio, nomeado por eles de Ribeirão Nossa Senhora do Carmo, e a descoberta do Arraial Nossa Senhora do Carmo - às margens do Rio - , tal qual originaria a cidade de Mariana.
Alex Bohrer, professor de História do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), explica sobre o período:
“Essa data, 16 de julho, tem a ver com a data lendária da fundação de Mariana, que Mariana teria sido descoberta, o Arraial que daria origem à Mariana teria sido descoberto no dia 16 de julho de 1696. Mas, assim como o 24 de junho de 1698 de Ouro Preto, essa data de Mariana é lendária, não há respaldo histórico, não há documentação que comprove essa data. É uma data mais ligada à mitologia típica do surgimento das cidades do que de fatos históricos comprováveis.”
Segundo o historiador, foi apenas em 8 de abril de 1711 que o Arraial Nossa Senhora do Carmo foi elevado à categoria de Vila, então nomeada Vila Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo. Caracterizada como primeira Vila do Estado de Minas Gerais, foi uma das regiões mais importantes na história do Brasil, sobretudo por ter sido sede religiosa de grandes acontecimentos da época, é o que diz o professor de história:
“Mariana abrigou o 1º Bispado instalado em Minas Gerais e preserva grande parte do Casario do século XVIII e XIX, o que faz com que seja uma cidade histórica digna da visita de turistas do mundo inteiro e digna do seu patrimônio histórico que foi tombado pelo IPHAN logo no começo da história dessa instituição.”
Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão.
Em 1745, o rei de Portugal, Dom João V. , elevou a Vila Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo à categoria de cidade, onde a nomeou de Mariana. O nome é uma homenagem à rainha Maria Ana de Áustria, sua esposa. Nesta mesma época, Mariana foi transformada em centro religioso do Estado de Minas Gerais e responsável por sediar o primeiro bispado mineiro.
Sobre este mesmo ano, Alex Bohrer comenta um fato inusitado que ocorria na cidade:
“É curioso que Mariana estava passando, nesse momento, em 1745, estava passando por um momento de readequação urbanística, já que o lugar da fundação dos primeiros arraiais em Mariana tinham sido, sucessivamente, destruídos por enchentes das águas que carreavam pelos morros de Ouro Preto, e acabaram destruindo alguns desses dutos populacionais mais antigos. Mariana, então, sob a orientação e a égide do rei de Portugal, foi repensada. Por isso, Mariana tem esse traçado característico de linhas retas, que se cruzam sempre em perpendicular, isso faz com que Mariana seja, talvez, a primeira cidade planejada do Brasil.”
Em 1945, Mariana recebe o título de Monumento Nacional por seu patrimônio histórico, cultural e religioso, além de ativa participação na vida cívica e política do Brasil, o que a fez contribuir em períodos históricos da Independência, Império e República e, consequentemente, na formação da nacionalidade brasileira.
Localizada na região central do Estado de Minas Gerais, Mariana é repleta de compilados históricos que contribuem para o entendimento de grande parte da história do Brasil. Visitada por muitos turistas, a cidade é muito procurada por suas igrejas, principalmente, por ser considerada símbolo da religiosidade no Estado e cidade-mãe para muitos acontecimentos da região.