Por Rayssa Aguiar
No último dia 31, a Câmara Municipal de Itabirito realizou uma Reunião Ordinária com secretários e vereadores da cidade, onde foi discutido o retorno às aulas presenciais do ensino infantil no município. Marcado por fortes opiniões, o evento trouxe à tona, novamente, a ausência de diálogo entre a Secretaria de Educação e os profissionais da área.
Há meses, o município de Itabirito discute sobre os mecanismos necessários para a retomada do ensino presencial, mas o que foi observado, recentemente, é uma disparidade entre as colocações feitas pelo setor educativo da cidade e a classe de professores, sobretudo da educação infantil. A divergência ocorre, pois a Secretaria de Educação da cidade alega ser possível retomar às aulas presenciais apenas com os protocolos sanitários orientados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao enfrentamento da Covid-19. A alternativa avaliada para a eventual retomada das atividades presenciais é o atendimento em dois dias a cada semana, com quatro horas diárias de aulas para alunos dos maternais 2 e 3 e de 1º e 2º períodos.
Entretanto, segundo os professores, os protocolos não são suficientes para um retorno totalmente seguro e sem riscos de contaminação pelo vírus. De acordo com a classe educadora, apenas a vacina pode garantir segurança no retorno às aulas presenciais do ensino infantil, tanto por parte dos profissionais de educação quanto dos alunos, neste caso, crianças.
Em conversa com a Real FM, Thiago Toledo, licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e professor do Ensino Fundamental II nas redes estaduais e municipais de Itabirito, diz que o retorno do ensino presencial é algo muito esperado pela classe educativa, desde que todos os profissionais da área possam ter sido vacinados.
“Eu posso falar com tranquilidade que a maioria dos professores deseja, sim, retornar para o presencial, mas todos têm um receio muito grande de voltar sem a vacina, por entender que não vão estar seguros”.
A espera pelo Plano de Imunização relacionado à classe de professores de Itabirito é um dos fatores que mais tem contribuído para que a discussão em torno da retomada ou não das aulas presenciais não seja finalizada. Não só profissionais educativos, como também vereadores da cidade, têm se manifestado em diversos veículos a respeito do atraso na divulgação do cronograma de vacinação para os profissionais de educação do município. O professor do Ensino Fundamental II, mais uma vez, ressalta.
“Acho que a gente está sentindo falta de uma comunicação mais clara e oficial da Prefeitura, do Executivo, nesse sentido, né. Olha, o plano de vacinação está aqui, a questão das prioridades e como vai funcionar, principalmente, nesse caso dos trabalhadores da educação”.
Em nota técnica divulgada pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNI/DEIDT/SVS), eles justificam que a vacinação deveria ser antecipada aos profissionais de educação, já que o ensino à distância tem impactado diretamente o ensino-aprendizagem dos alunos mais novos, neste caso, crianças. Eles reforçam que as creches e escolas contribuem não só para a educação, como também para a segurança alimentar desses alunos, além de outras atribuições sociais importantes.
O ambiente escolar, traz, no entanto, elevado risco de exposição ao vírus, sobretudo por professores, já que as crianças, habitualmente, são peças-chave na transmissão do vírus, o que justifica, portanto, a vacinação, o quanto antes, desses grupos de trabalhadores. Mas, Thiago Toledo pontua:
“Acredito que seja necessário que além da vacinação, os protocolos sejam muito bem passados para todos os que estão envolvidos nesse retorno. A Secretaria de Educação vai ter que planejar e executar esses protocolos”.
Procurada pela Rádio Real FM, a Prefeitura Municipal de Itabirito não retornou contato. Entretanto, a Secretaria de Educação enviou uma nota oficial em nome da Prefeitura do município, com o seguinte esclarecimento:
“A vacinação de profissionais da educação contra a Covid-19 teve início no município nesta quarta-feira, dia 9 de junho, na Central de Vacinação. Na primeira etapa, 210 profissionais de creches e educação infantil foram comtemplados”.
Embora a vacinação para os professores tenha sido iniciada na última quarta-feira, ainda é aguardado o cronograma de imunização para a grande maioria dos profissionais de educação de Itabirito, visto que somente com todos os professores, pelo menos da educação infantil, vacinados, pode ser pensado, de fato, em um retorno seguro do ensino presencial.
A equipe Real FM aguarda possíveis desdobramentos do caso para atualizar você, ouvinte, morador de Itabirito e Região.
Por Rayssa Aguiar
No último dia 31, a Câmara Municipal de Itabirito realizou uma Reunião Ordinária com secretários e vereadores da cidade, onde foi discutido o retorno às aulas presenciais do ensino infantil no município. Marcado por fortes opiniões, o evento trouxe à tona, novamente, a ausência de diálogo entre a Secretaria de Educação e os profissionais da área.
Há meses, o município de Itabirito discute sobre os mecanismos necessários para a retomada do ensino presencial, mas o que foi observado, recentemente, é uma disparidade entre as colocações feitas pelo setor educativo da cidade e a classe de professores, sobretudo da educação infantil. A divergência ocorre, pois a Secretaria de Educação da cidade alega ser possível retomar às aulas presenciais apenas com os protocolos sanitários orientados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao enfrentamento da Covid-19. A alternativa avaliada para a eventual retomada das atividades presenciais é o atendimento em dois dias a cada semana, com quatro horas diárias de aulas para alunos dos maternais 2 e 3 e de 1º e 2º períodos.
Entretanto, segundo os professores, os protocolos não são suficientes para um retorno totalmente seguro e sem riscos de contaminação pelo vírus. De acordo com a classe educadora, apenas a vacina pode garantir segurança no retorno às aulas presenciais do ensino infantil, tanto por parte dos profissionais de educação quanto dos alunos, neste caso, crianças.
Em conversa com a Real FM, Thiago Toledo, licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e professor do Ensino Fundamental II nas redes estaduais e municipais de Itabirito, diz que o retorno do ensino presencial é algo muito esperado pela classe educativa, desde que todos os profissionais da área possam ter sido vacinados.
“Eu posso falar com tranquilidade que a maioria dos professores deseja, sim, retornar para o presencial, mas todos têm um receio muito grande de voltar sem a vacina, por entender que não vão estar seguros”.
A espera pelo Plano de Imunização relacionado à classe de professores de Itabirito é um dos fatores que mais tem contribuído para que a discussão em torno da retomada ou não das aulas presenciais não seja finalizada. Não só profissionais educativos, como também vereadores da cidade, têm se manifestado em diversos veículos a respeito do atraso na divulgação do cronograma de vacinação para os profissionais de educação do município. O professor do Ensino Fundamental II, mais uma vez, ressalta.
“Acho que a gente está sentindo falta de uma comunicação mais clara e oficial da Prefeitura, do Executivo, nesse sentido, né. Olha, o plano de vacinação está aqui, a questão das prioridades e como vai funcionar, principalmente, nesse caso dos trabalhadores da educação”.
Em nota técnica divulgada pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNI/DEIDT/SVS), eles justificam que a vacinação deveria ser antecipada aos profissionais de educação, já que o ensino à distância tem impactado diretamente o ensino-aprendizagem dos alunos mais novos, neste caso, crianças. Eles reforçam que as creches e escolas contribuem não só para a educação, como também para a segurança alimentar desses alunos, além de outras atribuições sociais importantes.
O ambiente escolar, traz, no entanto, elevado risco de exposição ao vírus, sobretudo por professores, já que as crianças, habitualmente, são peças-chave na transmissão do vírus, o que justifica, portanto, a vacinação, o quanto antes, desses grupos de trabalhadores. Mas, Thiago Toledo pontua:
“Acredito que seja necessário que além da vacinação, os protocolos sejam muito bem passados para todos os que estão envolvidos nesse retorno. A Secretaria de Educação vai ter que planejar e executar esses protocolos”.
Procurada pela Rádio Real FM, a Prefeitura Municipal de Itabirito não retornou contato. Entretanto, a Secretaria de Educação enviou uma nota oficial em nome da Prefeitura do município, com o seguinte esclarecimento:
“A vacinação de profissionais da educação contra a Covid-19 teve início no município nesta quarta-feira, dia 9 de junho, na Central de Vacinação. Na primeira etapa, 210 profissionais de creches e educação infantil foram comtemplados”.
Embora a vacinação para os professores tenha sido iniciada na última quarta-feira, ainda é aguardado o cronograma de imunização para a grande maioria dos profissionais de educação de Itabirito, visto que somente com todos os professores, pelo menos da educação infantil, vacinados, pode ser pensado, de fato, em um retorno seguro do ensino presencial.
A equipe Real FM aguarda possíveis desdobramentos do caso para atualizar você, ouvinte, morador de Itabirito e Região.